Dados divulgados neste sábado (1º) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o número de incêndios florestais na Amazônia brasileira cresceu 28% em julho se comparado ao mesmo período do ano passado. O Inpe verificou 6.803 focos na região amazônica em julho de 2020. Já no ano anterior foram 5.318 incêndios no local. Os fogo é utilizado de forma ilegal para limpar a terra, que é utilizada para agricultura, pecuária e mineração. As informações são da agência AFP e foram publicadas pela revista IstoÉ.
Conforme a reportagem, o levantamento gera preocupação. Isso porque em 2019 os registros foram altos e geraram protestos pelo mundo. De acordo com o instituto entre 1º de janeiro até 20 de agosto foram pontuados 74.155 focos, alta de 84% em comparação com o mesmo período de 2018, segundo a revista Exame.
O protesto mundial gerou pressão no Brasil, que tem 60% da Amazônia. As manifestações buscaram fazer com que o Brasil desenvolvesse mais ações visando a proteção da floresta densa. Isso porque a vegetação é considerada fundamental para diminuir o impacto das mudanças climáticas, de acordo com a matéria.
Maior número de incêndios em julho desde 2005
Segundo a publicação, ativistas ambientais acusam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de estimular o desmatamento. O objetivo seria abrir a floresta tropical à agricultura, além do setor industrial.
Conforme o Inpe, no dia 30 de julho foram identificados 1.007 incêndios na Amazônia. Os registros foram observados via satélite. De acordo com o Greenpeace o número é o maior contabilizado no mês de julho desde 2005.
“O fato de ter mais de mil focos de calor em um único dia, recorde dos últimos 15 anos para o mês de julho, mostra que a estratégia do governo de fazer operações midiáticas não é eficaz no chão da floresta”, declarou o porta-voz do Greenpeace, Romulo Batista, em nota destacada pela AFP.
O presidente Bolsonaro solicitou que o exército fosse enviado à região para combater o fogo. No entanto, os ativistas enfatizam que a atitude não é suficiente nem de longe para a resolução das causas do problema, como acrescenta o site.
O Greenpeace ressalta. conforme a reportagem, que o fogo aumentou 77% em áreas indígenas e 50% em reservas naturais protegidas desde julho do ano passado. A declaração do grupo ambiental realça que as atividades ilegais seguem invadindo esses locais.