Equipes do Exército do Líbano e da França removeram escombros equivalentes ao peso da Torre Eiffel do porto de Beirute, conforme apontou nesta quarta-feira (26) o tenente Paulin. "Foram necessários quatro dias para limpar oito mil toneladas de (restos de) cimento e aço", destacou o oficial francês.
Ele orienta as ações de limpeza na região onde ocorreu a megaexplosão no dia 4 de agosto em um depósito que armazenava nitrato de amônio. A tragédia deixou mais de 180 mortos e 6.500 feridos. As informações são da agência AFP e foram publicadas pela revista IstoÉ.
De acordo com a reportagem, uma embarcação do tipo porta-helicópteros da Marinha francesa, intitulada como "Tonnerre", chegou a Beirute depois de dez dias da explosão. O navio transportava toneladas em ajuda humanitária, além de máquinas grandes para realização de limpeza.
Explosão destruiu setores completos do porto de Beirute
Conforme a matéria, a explosão é considerada uma das maiores da história recente. Deixou uma cratera de 43 metros de profundidade. Inclusive o buraco está coberto pela água do mar. Além disso, o fogo destruiu áreas completas do porto.
Segundo o site, o coronel do Exército libanês, Yussef Haidar, fez considerações durante entrevista coletiva sobre as antigas importações libanesas. A atual circulação atinge metade da capacidade. "Na semana passada, operava com 30%. Hoje estamos falando de 45%", avaliou.
Protestos contra políticos
Conforme a agência a AFP, manifestantes protestaram contra a classe política no dia 7 de agosto. O ato contra os líderes políticos ocorreu porque os participantes os culpam pela megaexplosão que aconteceu na capital do Líbano, Beirute.
“Vingança, vingança, até a queda do regime!” e “agora há ódio e sangue entre nós” foram algumas das palavras ditas pelos manifestantes. Outros seguravam cartazes com nomes das vítimas da explosão.
De acordo com a reportagem, eles instalaram guilhotinas de madeira na Praça dos Mártires, em Beirute. Em um dos cartazes levantados no local estava escrito: “Eram corruptos, agora são criminosos”.
A região foi utilizada para realização de outras manifestações em outubro de 2019. No entanto, perderam força devido à pandemia do coronavírus e crise econômica.