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Lutador acusado de assassinato é executado

O governo iraniano executou o lutador Navid Afkari, 27, neste sábado (14). Ele foi condenado à morte pelo assassinato de um funcionário da empresa pública de águas de Shiraz, sul do Irã, esfaqueado em 2018. O procurador-geral da província, Kazem Musavi, conversou com a televisão estatal sobre o assunto e apontou que a sentença de "qesas", ou "lei de talião", é uma pena de "retribuição". As informações são da agência AFP e foram publicadas pela revista IstoÉ.

De acordo com a reportagem, a autoridade pontuou que o lutador foi condenado por "homicídio culposo", sem intenção de matar. Conforme familiares e amigos de Navid, ouvidos pela matéria, a condenação foi baseada em uma confissão, resultado de tortura.

Segundo o procurador-geral a pena de morte foi efetivada "ante a insistência da família da vítima". No entanto, o advogado de Afkari, Hasan Yunesi, destacou que uma reunião com a família estava programada para domingo. O objetivo era "pedir perdão" e impedir a pena.

O advogado ainda repercutiu o assunto pelo Twitter. "Estavam com tanta pressa que encaram a Navid seu direito a uma última visita".

Conforme a reportagem, o Comitê Olímpico Internacional (COI) emitiu um comunicado lamentando o ocorrido.

"É profundamente lamentável que os apelos de atletas de todo o mundo, e todo o trabalho do COI, com o Comitê Olímpico Iraniano, a Federação Internacional de Luta Livre e a Federação Iraniana de Luta Livre, não tenham alcançado seu objetivo".

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