Preso por tráfico de drogas e por homicídio, condenado a pena de 52 anos e 6 meses, Iterley Martins de Sousa comandava o tráfico de drogas na região sudoeste de Goiânia e travava uma disputa pela expansão da área de tráfico com o chefe da Região Oeste da capital, Thiago César de Sousa, o Thiago Topete, morto em uma rebelião no início de 2017.
Iterley Martins de Sousa solicitou transferência para a Penitenciária Odenir Guimarães(POG), o pedido foi negado pela justiça que determinou que Iterley fique por mais 360 dias em presídio Federal devido sua alta periculosidade.
O decreto que regulamenta a lei 11.671, que dispõe sobre a inclusão de presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima fixa que, para transferência para esse tipo de instituição, o preso deve ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa.
O decreto prevê as mesmas regras caso o detento tenha praticado crime que coloque em risco sua integridade física no ambiente prisional de origem, estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado – RDD, ser membro de organização criminosa, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça, ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa condição represente risco à sua integridade física no ambiente prisional de origem, ou estar envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de grave indisciplina no sistema prisional de origem.
Pedido formulado pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária para manutenção de Iterley em presídio federal:
“demonstra grande poder de articulação, mesmo segregado já comandou diversos crimes de dentro da Unidade Prisional do Estado de Goiás, arregimentando membros também fora dessas unidades, o que gerou conflitos por disputa de poder dentro das Unidades Prisionais e o aumento das práticas criminosas em Goiânia e cidades adjacentes. É apontado como o maior e mais perigoso criminoso de Goiás. Durante pelo menos 07 anos, Iterley, segundo as policias Civil e Militar, comandou o tráfico de drogas e ordenou vários assassinatos, em bairros da Região Sudoeste de Goiânia. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária está buscando a melhoria do controle estatal em relação aos custodiados, com a construção de novos presídios que possibilitem separar os presos por níveis de periculosidade e segurança, possibilitando o controle da população carcerária e redução drástica de crimes cometidos por custodiados dentro e fora dos presídios. Todavia, a implementação dessa nova sistemática ainda não está finalizada e por essa razão, o retorno do preso Iterley Martins pode trazer perigo para Segurança das Unidades Prisionais e da população em geral, pois não se pode garantir que continue a gerenciar as práticas criminosas que motivou sua transferência”.
O período de permanência do preso em presídio federal de segurança máxima, segundo a lei, não pode ser superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, renovável pelo mesmo período, excepcionalmente, quando solicitado pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência.