Durante depoimento prestado à polícia francesa, o paquistanês Ali H., 18, principal suspeito do ataque realizado ontem (25) contra dois jornalistas da produtora Première Lignes afirmou que pensava ter esfaqueado funcionários do jornal satírico Charlie Hebdo. As vítimas foram confundidas com os cartunistas e atingidas na cabeça, rosto e tórax por uma machadinha de açougueiro. As informações são da agência RFI e foram publicadas pelo G1.
Conforme a reportagem, no interrogatório o jovem ressaltou "não ter suportado" a republicação da sátira ao profeta Maomé na capa do jornal no dia 2 de setembro passado. As vítimas trabalham no prédio em que o jornal funcionava e fumavam na calçada quando foram golpeados. Os jornalistas foram operados e não correm risco de morte.
Segundo o site, a decisão de publicar novamente as imagens foi tomada por causa do começo do julgamento dos 14 réus acusados de cumplicidade nos atentados de 2015.
De acordo com a matéria, após o ataque em janeiro de 2015 o jornal foi transferido para outro endereço, mantido em segredo. Na época, a violência foi motivada pelas caricaturas do profeta muçulmano. O massacre que deixou 12 pessoas mortas, dentre elas oito cartunistas do Charlie Hebdo, foi reivindicado por grupo de terroristas Al-Qaeda.