Jair Bolsonaro (sem partido), desaprovou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de permitir condenações ou medidas restritivas para quem escolher por não receber as doses da vacina contra Covid-19. A decisão foi efetivada nesta quinta-feira (17). O presidente, no entanto, definiu a medida inócua, visto que, segundo ele, não haverá como aplicar as punições, já que em 2021 não se tem assegurada a oferta de vacina para toda a população.
"O Supremo não mandou impor medidas restritivas. O Supremo falou que o presidente da República, os governadores e os prefeitos podem impor. Da minha parte, zero. Agora, todos os governadores vão impor medidas restritivas? Não acredito. Não quero pôr a mão no fogo por ninguém. Não acredito", sustentou o presidente, durante sua live semanal nas redes sociais.
Ao comentar que somente o governo federal seria capaz de impor tais medidas restritivas, Bolsonaro disse ainda que, de sua parte, elas não ocorrerão", considerou.
"Não tem medida impositiva no ano que vem. Não tem vacina para todo mundo. Não queiram me obrigar a tomar uma posição que vá na contramão daquilo que eu sou. Então, com todo respeito ao Supremo, tomou uma medida antecipada. Nem vacina tem. Não vai ter para todo mundo", acrescentou o presidente.
Ainda segundo o presidente: "pode ser uma medida inócua do Supremo. Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, entrou em uma bola dividida, meu Deus do céu, não precisava disso. Não precisava disso", reforçou.
Bolsonaro assegurou ainda que é uma irresponsabilidade tratar o tema da vacina com decisões como a que foi tomada pela Corte, nesta quarta-feira.
"É uma irresponsabilidade tratar uma questão que trata de vidas, para salvar ou para ter efeito colateral, tratar com açodamento, com correria. Uma irresponsabilidade", acrescentou.
Após ter sido cobrado nas redes sociais pelos seus seguidores, o presidente Bolsonaro refutou seus apoiadores pelas críticas à sua indicação do ministro Kássio Nunes Marques, do STF.
O presidente assegurou que o comportamento dos seus eleitores, dá margem a aplausos de pessoas da "esquerda idiota" para o que chamou de "direita burra".
Conforme o site Metrópoles, ele ainda reclamou que seus apoiadores não sabiam direito o que estava sendo votado no STF. " Não sabe, não interpretam", reclamou o presidente. "Enquanto você não souber o que está escrito, não fica repetindo como um papagaio", destacou.
"O pessoal está criticando o Kássio sem saber o voto dele. O que o Kássio falou? Ele disse no seu voto que medidas restritivas possam ser impostas apenas pelo governo federal, que sou eu. Nada mais justo. Quando se fala em vacinação e saúde, tem que ter uma hierarquia".