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Governadores criticam Bolsonaro e afirmam que troca na saúde será ineficaz

Nesta sexta-feira (15), governadores fizeram críticas à atuação do Presidente Jair Bolsonaro, na pandemia da Covid-19.

As declarações foram feitas em uma reunião da Comissão temporária do Senado, realizada por videoconferência, contou com a presença dos governadores, João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Renato Casagrande (PSB) e Flávio Dino, (PCdoB).

Devido o agravamento da crise sanitária no país, deputados do centrão têm pressionado a saída do ministro da saúde, Eduardo Pazuello.

“Vai trocar o ministro? Não vai adiantar muito, porque o que tem que mudar é o comportamento do governo. O governo tem que passar a coordenar essa ação, que não fez até agora”, afirmou Casagrande.

“Acho que tanto o Mandetta, o Teich quanto o atual ministro Pazuello, tentaram dialogar com os governadores. A questão central é de fato mais à cima, é a hierarquia administrativa que tem determinado atitudes de sabotagens em relação aos esforços de estados e municípios”, afirmou Flávio Dino.

“Creio que não adianta mudar o ministro se a política continuar a mesma. Se o presidente continuar atrapalhando fica muito difícil qualquer ministro dar certo”, completou.

Segundo Eduardo Leite, se Bolsonaro continuar com essas ações de "sabotagem", não há ministro que sobreviva ao cargo.

"Eu não me arvoro a tratar sobre esse tema porque o que eu vi depois da troca de três ministros é que o problema está nas orientações que o presidente dá”, afirmou. “Não há ministro que consiga trabalhar com a sabotagem feita pelo próprio presidente da república às medidas necessárias ao combate ao coronavírus”, disse o governador.

“Precisamos especialmente de um presidente sensibilizado. Se não for para oferecer ajuda, que seja para parar de oferecer ataques e agressões e atrapalhar o processo de enfrentamento da pandemia”, completou Leite.

O governador João Doria, disse que Bolsonaro é negacionista e que, o presidente promoveu genocídio no país. Doria também defendeu a condenação do Presidente da República em tribunais internacionais, por sua conduta durante a pandemia.

“Temos um presidente da República 'negacionista', que desde março do ano passado quando deveria dar exemplo, como líder do país, deu exemplos lamentáveis de negacionismo, participou de atividades, estimulou atividades, não usou máscaras, qualificou de maricas quem usa máscara, de covarde quem fica em casa, apostou em uma única vacina”, criticou Doria.

"Jair Bolsonaro será condenado por tribunais internacionais, porque o que ele está promovendo no Brasil é um genocídio. Nós estamos matando os brasileiros, é inacreditável isso”, declarou Doria.

“O Brasil hoje é um mar de morte e um oceano de incompetência, tendo como capitão o mito Jair Bolsonaro. Meu repúdio a este homem, meu repúdio aos 'negacionistas'", afirmou.

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