O Ministério Público do Trabalho (MPT), no Distrito Federal, abriu uma investigação para apurar a denúncia de assédio moral. As suspeitas são contra o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, contra servidores do órgão. De acordo com o ofício, o MPT vai ouvir dez servidores e ex-funcionários da fundação sobre o caso.
Assim, nos relatos entregues ao MPT consta que Sérgio Camargo "estaria praticando perseguição ideológica a trabalhadores da Fundação. Os mesmos teriam opiniões e posições políticas e ideológicas diferentes das suas, caracterizando possível prática de assedio moral."
Contudo, o Ministério Público do Trabalho se recusou a enviar informações exigidas no inquérito, como contatos de servidores da pasta e detalhes sobre o funcionamento do canal interno para recebimento de denúncias de assédio moral ou sexual.
Já em julho do ano passado, a promotoria havia pedido esclarecimentos de Sérgio Camargo sobre o fato de que ele "teria negado a existência do racismo, a importância da luta do povo negro pela sua liberdade e a importância do Movimento Negro em nosso país". Segundo os promotores, a apuração é necessária porque os "fatos noticiados são graves" e violam, em tese, a Constituição Federal.
Na quinta-feira (11), gestores da Fundação Palmares se demitiram e apontaram, por meio de uma carta, ingerências de pessoas que não fazem parte do órgão nas decisões da presidência.
Eles reclamavam de "ingerência de forma generalizada" de pessoas de fora do órgão. Na carta, os gestores também escreveram que a decisão de pedir o desligamento se deu após "inúmeras tentativas de interlocução com a presidência" sobre a gestão da Fundação Palmares.
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