Em Goiânia, um peixe pirarucu de quase dois metros de comprimento mobilizou equipes de salvamento para seu resgate. No local estavam presentes técnicos da Agência Municipal de meio Ambiente (AMMA) e da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O caso aconteceu na última quinta feira (15), o trabalho para o resgate se iniciou de manhã, porém, o resgate só foi concluído depois de 2h . Neste meio tempo, o peixe conseguiu fugir da rede quatro vezes. Cerca de 40 pessoas estavam empenhadas no resgate. Ele estava no lago do bairro Jaó e foi levado para um tanque de criação da UFG.
O animal que morava no lago era a atração dos moradores. Uma mulher, que morava no bairro, ao se mudar para São Paulo soltou o peixe no local. Entretanto, a AMMA só descobriu que o peixe foi solto em dezembro do ano passado. Segundo a agência, a espécie é ameaçada de extinção. O peixe foi escoltado do bairro Jaó até a UFG por carros da Guarda Civil Metropolitana, da Secretaria Municipal de Trânsito e monitorado durante todo o trajeto por especialistas. Segundo as informações, ele pesa mais de 70kg.
Assim que foi resgatado, o zootecnista, Caníggia Lacerda identificou ferimentos na garganta, na barriga e no dorso. Os indícios são que os ferimentos podem ter sido provocados por pedras atiradas por pessoas que visitaram o local. No tanque da UFG, a professora de piscicultura da universidade, Fernanda Gomes de Paula, explicou que ele vai ser alimentado com ração para se adaptar e depois ser transferido para um local mais amplo.
"Torcemos para ser uma fêmea para tentarmos fazer algumas reproduções como forma repovoamento, até mesmo na bacia do Rio Araguaia", disse a professora
AMMA
Segundo a AMMA, o peixe não estava em lugar adequado para a espécie. Foi explicado que o pirarucu corria risco de morte caso fosse alimentado incorretamente pelos moradores. A agência também disse que, o lago do Jaó vai entrar em período de seca e sofrer baixa no nível de água.
"O lago está baixando devido à seca e ação foi realizada para salvar a vida do animal. Daqui alguns dias, a água desce e o peixe fica só na lama", explicou Cárita Marques, gerente de fauna da AMMA.