Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado por tráfico internacional de mulheres e exploração sexual fez cerca de 200 vítimas, de acordo com a operação "Harem BR", entre as vítimas estão menores de idade.
Seis pessoas foram presas, sendo quatro no Brasil (Foz do Iguaçu-PR, São Paulo-SP, Goiânia-GO e Rondonópolis-MT), uma em Portugal e outra na Espanha.
A 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba expediu nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva. Por estarem em outros países, cinco alvos de mandados de prisão foram incluídos na lista da Interpol. Os nomes dos investigados são mantidos em sigilo durante a investigação. Durante essa semana, 20 pessoas devem ser ouvidas.
De acordo com a PF, o grupo criminoso abordava as vítimas pelas redes sociais e se apresentava como representante de marca de maquiagem e produtos de beleza.
Ao ganhar a confiança das supostas clientes, os criminosos ofereciam ensaios fotográficos até o momento em que ofertavam emprego, quando as vítimas eram aliciadas.
A PF informou que a mulher presa em Portugal tinha envolvimento com rede de prostituição nos Estados Unidos e, o homem preso em Foz do Iguaçu, era um cliente que contratou programas com menores de idade no Paraguai.
A rede criminosa para o tráfico de mulheres, que é alvo da operação Harem BR, foi descoberta após outra investigação, a Nascostos, em 2019.
Foram identificadas pela PF que duas garotas de programa receberam as passagens e viajaram a Doha, no Catar.
"Uma vez identificadas essas vítimas de exploração sexual, elas relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição", afirmou a PF.
De acordo com a investigação, o grupo criminoso promoveu exploração sexual no Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália.