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Um país com quase 1,4 bilhão de habitantes, um mercado em que 315 milhões de consumidores ascenderam à classe média, que tem mais de 50 mil startups e projeção de atingir um PIB de US$ 5 trilhões até 2025.
Esses são apenas alguns números, apresentados à comunidade empresarial em Anápolis, nesta segunda-feira, pelo presidente da Câmara de Comércio Brasil – Índia, Roberto Paranhos do Rio Branco. Ele participou de um almoço com diretores do Porto Seco Centro Oeste e empresários com negócios estabelecidos no Distrito Agroindustrial de Anápolis.
O encontro teve a finalidade de apresentar as potencialidades de negócios com o mercado indiano e discutir possibilidades de exportação de produtos da indústria anapolina para o país asiático.
Rio Branco foi recebido pelos empresários Sergio Hajjar, sócio do Porto Seco Centro Oeste, Amaury Esberard, diretor da Associação dos Empresários do DAIA (Assedaia) e Marçal Soares, presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás.
Na reunião o presidente da câmara de comércio que tem como missão fomentar negócios e parcerias comerciais entre o Brasil e a Índia, ressaltou que, ter um primeiro contato ou adquirir conhecimento adicional sobre como fazer negócios com a Índia, país que sedia a maior fábrica de vacinas do mundo e é especializado em alta tecnologia, é uma oportunidade que tem de ser avaliada por qualquer empresa, inclusive as pequenas.
"É um grande mercado a que temos que ficar atentos. Quem quer participar do comércio exterior não pode deixar de olhar a Índia como destino de negócios fundamental", afirmou Rio Branco.
Ao citar o tamanho do mercado indiano, ele destacou a força da economia do país asiático e as projeções para o médio prazo - como ampliar o PIB de US$ 3,3 trilhões para US$ 5 trilhões até 2025.
Rio Branco disse que vê como promissora a possibilidade da realização de negócios a partir de Anápolis, ressaltando que há inúmeras oportunidades para exportação, que pode ser facilitada e operacionalizada com mais celeridade, por contar com uma estação aduaneira dentro do próprio distrito industrial.
Brasil e Índia ampliam comércio em 2021
De acordo com os últimos dados relativos ao comércio entre Brasil e Índia no primeiro quadrimestre do ano, mostram que os dois países avançaram em direção ao cumprimento de uma meta lançada em janeiro de 2020 pelo Cônsul-Geral da Índia.
Na ocasião, o Cônsul afirmou que o país tinha como objetivo duplicar o intercâmbio comercial com o Brasil nos próximos cinco anos, estreitar parcerias em áreas de bioenergia e atrair mais investimentos brasileiros para a Índia.
Os dados da Secex mostram que um aumento relevante já vem sendo registrado na corrente de comércio entre os dois países já nos quatro primeiros meses do ano. Neste período, as exportações brasileiras tiveram uma alta consistente de 23,6% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2020, totalizando US$ 1,276 bilhão.
Já as vendas indianas ao Brasil tiveram um aumento ainda maior, alcançando US$ 1,868 bilhão. Até o momento, a balança comercial bilateral proporcionou à Índia um superávit de US$ 52 milhões e a corrente de comércio (exportação + importação) totalizou US$ 3,146 bilhões.
Se for mantido esse ritmo de crescimento, o intercâmbio brasileiro-indiano poderá fechar 2021 com um volume de negócios superior a US$ 9 bilhões, bem acima do total registrado nos últimos seis anos.
