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Com chapa única, o presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela, foi reeleito para o posto que ocupa desde 2015. Foram 126 votos favoráveis, 1 branco, 1 nulo e 1 não. A eleição foi realizada na tarde desta sexta-feira (2), após o partido ter tido o pleito suspenso no último dia 18 de junho, em liminar conquistada pelo então adversário, o deputado estadual Paulo Cézar Martins. As chapas opostas chegaram a um consenso na semana passada com os dois principais candidatos compondo o mesmo grupo.
A pandemia distanciou um pouco o partido de seus militantes. Então essa eleição acaba colaborando para reavivar o espírito partidário e 'statar' um processo de discussão interna", diz Daniel Vilela, em entrevista à imprensa.
A eleição foi realizada entre 13 e 17 horas desta sexta-feira. De acordo com o diretório estadual, 146 convencionais tiveram direito ao voto, que ocorreu de forma híbrida. Assim, os filiados puderam votar tanto presencialmente, na sede do diretório, em Goiânia, no sistema drive thru, quanto virtualmente, por meio de um link específico utilizado no celular.
Voto de Iris
O ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), foi um dos que optou pelo voto virtual. Aposentado, o emedebista votou em seu escritório político pelo celular. Ele inclusive postou uma foto em seu perfil no Instagram, onde aparece votando. Na postagem, escreveu: "Cumpri com o dever feliz por ver que o partido sai unido e fortalecido para construção de novos projetos."Nos comentários, Daniel respondeu ao ex-prefeito: "Nosso líder maior! Obrigado pela confiança depositada na nossa chapa para conduzir os rumos do partido que o sr. ajudou, como ninguém, a construir!".
O presidente reeleito esteve com Iris na terça-feira (29), em mais uma visita rotineira ao decano do partido, que declarou apoio a Daniel ainda em meados de junho, quando disse à coluna Giro, de O Popular: "Eu voto no MDB e apoio a reeleição de Daniel Vilela para a presidência do diretório, um jovem que já demonstrou ter todas as todas as condições de conduzir bem o partido."
Esse apoio ocorre em um cenário em que Iris é um dos principais emedebistas que têm trabalhado para que o partido apoie a reeleição de Ronaldo Caiado (DEM) para governador de Goiás em 2022.
Ao mesmo tempo, Daniel conseguiu acordo com o deputado estadual Paulo Cézar Martins (MDB), que disputava a presidência da sigla com a bandeira pela candidatura própria a governador de Goiás.
A eleição desta sexta-feira, portanto, ocorre sem conflitos, mas com a tensão nos bastidores para saber qual será o caminho escolhido pela sigla na eleição do ano que vem: a candidatura própria, que tem tido como principais nomes cotados o do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, e do próprio Daniel, ou o apoio a Caiado.
Mais à frente
Em entrevista aos jornalistas, na sede do MDB, no Setor Aeroporto, em Goiânia, Daniel Vilela afirmou que não há nada definido ainda e que essa discussão, se o partido terá candidatura própria ou não, é permanente e deve ser aprofundada mais à frente. "Agora não é o momento. É um debate que vamos intensificar nos próximos meses", respondeu.
Daniel também disse que, hoje, há pessoas no partido que defendem a aliança com o governador e outras que preferem a candidatura própria. "Agora temos que ir avaliando, discutindo com calma, equilíbrio e sabedoria para que o partido possa tomar a melhor decisão", ponderou.
O presidente disse que está em diálogo constante com Iris e que a opinião dele também será levada em conta no debate sobre o projeto do partido para 2022. "Ele é nosso maior líder, nossa grande referência. É a maior história que o MDB tem em Goiás, uma das grandes histórias do país e isso precisa ser levado em consideração. No momento certo temos que ouvir a todos e buscar qual é a melhor alternativa."
Durante a eleição do diretório goiano do MDB, Daniel Vilela, que concorre com chapa única à reeleição para presidente da sigla, disse que ainda é cedo para discutir se o partido terá ou não candidatura própria em 2022. "Agora não é o momento, não é essa discussão a ser feita", disse em coletiva de imprensa concedida logo após ter votado.
A eleição do MDB teria disputa entre Daniel e o deputado Paulo Cézar Martins (MDB), que tinha como bandeira a defesa pela candidatura própria do partido ao governo do Estado. Na semana passada, porém, os dois chegaram a um consenso e a sigla chegou à eleição, nesta sexta-feira (2), com a chapa única.
"Tem pessoas que defendem as duas teses no partido. Isso a gente percebe claramente. Agora temos que ir avaliando, discutindo com calma, equilíbrio e com sabedoria para que o partido possa tomar a melhor decisão", explica o presidente, que deve ser recolocado no posto ao fim do pleito, previsto para as 17h desta sexta-feira (2).
Na semana passada, Paulo Cezar afirmou que que a candidatura própria foi um dos pontos cruciais para que chegassem ao acordo. Nesta sexta, porém, Daniel diz que as definições para 2022 são pautas que ainda precisam ser discutidas com calma internamente. Isso porque há uma ala do partido que defende o apoio do MDB à reeleição do governador Ronaldo Caiado (DEM).
Veto ao PSDB
O emedebista também disse que, hoje, é quase impossível uma aliança do MDB com o PSDB. "O PSDB sempre foi antagônico a nós e o meu entendimento é de que tem radicais contra essa aliança", diz. Quanto à sua própria candidatura em 2022, Daniel prefere não se antecipar e diz que só falará sobre isso no ano que vem. Hoje, ele é cotado para disputar a cadeira de senador caso o partido decida firmar coligação com Caiado.
