O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) inicia, nesta quarta-feira, 25, uma série de encontros com vários segmentos da sociedade civil para discutir políticas públicas preventivas e ações diante do alerta contido no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado neste mês. Os dados serão o tema principal da Conferência do Clima (COP 26), que acontece em novembro em Glasgow, na Escócia. O foco das discussões é o agravamento do aquecimento global.
Serão oito encontros realizados pelo Proam com destaque em vulnerabilidades ambientais. A primeira reunião tem início hoje e as demais estão programadas para ocorrerem entre os dias 2 de setembro e 25 de outubro.
Entre as entidades, participam da iniciativa a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Defensoria Pública, diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) e movimentos sociais, inclusive da Argentina. "Nossos países vizinhos dependem do fluxo hídrico vindo da Amazônia para a formação da bacia do rio Prata, que está sendo afetada com o desmatamento", afirma Carlos Bocuhy, presidente do Proam.
O documento do IPCC demonstra a urgência na redução das emissões de Gases Efeito Estufa (GEE). O relatório aponta um aquecimento global em 1,5 grau Celsius previsto a partir de 2030. De acordo com o IPCC, atualmente, o mundo já registra aumento de 1,1 grau em média, mas nas áreas continentais, a média já atinge 1,7 grau.
A continuidade do aumento da temperatura, como conclui, poderá levar a humanidade a ultrapassar limites da segurança, às portas de uma verdadeira catástrofe. Segundo Carlos Bocuhy, "há uma grande preocupação em todo o mundo com os dados mostrados".
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