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A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar um vídeo que circula nas redes sociais, de uma mulher que faz comentários homofóbicos e racistas durante um discurso, na Igreja Sara Nossa Terra, em Nova Friburgo, na Região Serrana do estado do Rio.
Em um trecho ela ressalta: "Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para!".
O vídeo foi compartilhado pelo deputado estadual Wanderson Nogueira (PDT-RJ) e alcançou 23 mil visualizações. Ainda na publicação ele ressalta: "Tenho certeza que esse não é o pensamento cristão. Machuca ouvir, dói saber que há esse tipo de pensamento criminoso sendo difundido em espaços sagrados de acolhimento".
O delegado titular da 151ª DP (Nova Friburgo), Henrique Pessoa, afirma que “teor claramente racista e homofóbico, o que configura transgressão típica na forma do artigo 20 da Lei 7716/87″.
“A pena é de três a cinco anos com circunstâncias qualificadoras por ter sido feita em mídias sociais e através da imprensa. De tal modo que já foi instaurado inquérito policial pelo crime de intolerância racial e homofóbica, de acordo com a recente previsão do STF”, disse o delegado ao G1.
“É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira. Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!”, diz a mulher.
A mulher publicou nas redes sociais uma nota de retratação.
Com informações do Metrópoles*
