Desde a chegada do inverno e as massas polares, que trouxeram o frio para a região Centro-Oeste, o clima frio e seco, fez com que a umidade do ar permanecesse baixa. Por causa disso, é comum que nesse período surjam doenças respiratórias, como o resfriado, gripe, rinite, sinusite e tosse, atingindo principalmente pessoas que tem o sistema imunológico menos resistente.
O centro de informações meteorológicas e hidrológicas de Goiás (Cimehgo), realiza pesquisas todos os meses para medir e verificar a qualidade do ar. Nos relatórios, eles explicam que, os efeitos da má qualidade do ar, podem causar problemas respiratórios (asma, bronquite, enfisema pulmonar e câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando as concentrações de poluição na atmosfera não ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes. As crianças, idosos e pessoas que já apresentam doenças respiratórias são os mais vulneráveis neste tempo.
Para a pneumologista, Eliane Consuelo, graduada em medicina pela Universidade Federal de Goiás (UFG), as doenças mais comuns nesse período é a rinite e a asma."O tempo seco facilita a formação e circulação de poeira, as queimadas são mais frequentes com produção de fumaça abundante e essas partículas quando inaladas podem sensibilizar os sistema respiratório (principalmente de pessoas mais susceptíveis, já portadoras de doenças respiratórias crônicas como citado). Essa sensibilização também é mais frequente nesse período devido maior fragilidade da camada de proteção interna das vias aéreas: o ressecamento das mucosas as torna mais frágeis, tornando-as mais susceptíveis à irritações e sangramentos, além de poder diminuir a capacidade de defesa dessas regiões contra possíveis invasores como vírus e bactérias, aumentando as chances de incidência de infecções respiratórias, como resfriado, gripe e pneumonia".
Sobre o momento crítico de saúde, por causa da Covid-19, ela explica que o frio e a pandemia associados à baixa umidade do ar são fatores que aumentam os risco de sintomas respiratórios e infecções respiratórias. As variações de temperatura e a pandemia traz um contexto de maior exposição, a qual muitas pessoas são susceptíveis. Além disso, o frio também promove maiores aglomerações, com a piora da circulação do ar, por causa dos ambientes mais fechados ou com pouco espaço.
Para se prevenir nesse tempo, a pneumologista aconselha:
"As medidas preventivas consistem em umidificar os ambientes internos com umidificador de ar (que, por exemplo, pode ser ligado no quarto 2 horas antes de deitar e depois poderá ser desligado, não havendo necessidade de deixar ligado a noite inteira em ambientes que estiverem fechados), tolhas molhadas estendidas. Além disso, a hidratação do corpo com ingestão de água adequada, umidificação das narinas como soro fisiológico a 0,9% (também existente em gel para melhor fixação do produto). Também importante como cuidados gerais é o uso de protetor labial e a hidratação da pele".
Obs: Evite bacias com água em ambientes com crianças, para evitar acidentes!