Agentes da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) apreenderam ontem uma adolescente de 16 anos que também participou do assassinato, durante um ritual satânico, no final do mês passado, de uma jovem de 18 anos em Goiânia. Outros três maiores de idade que confessaram ter participado do homicídio haviam sido presos no início da semana. As investigações conduzidas pela DIH apontam que a adolescente, identificada após as prisões de Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22, Raíssa Nunes Borges, 19, e Enzo Jacomini Carneiro Matos, 18, que é transexual, e se apresentava como Freya, também ajudou a esfaquear e matar Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, 18. Já ficou comprovado que a adolescente apreendida ontem também estava no carro junto com as três pessoas que assassinaram Ariane. A vítima, que tinha 18 anos, e morava com a mãe no Setor dos Funcionários, desapareceu no último dia 24 de agosto depois de sair para encontrar com alguns conhecidos no Lago das Rosas. Poucas horas após sair de casa, ela mandou uma mensagem de áudio para a mãe, onde afirmou que tinha sido convidada para lanchar de graça com algumas amigas. O convite para um lanche gratuito, apurou a polícia, foi a forma como Jeferson, Raíssa, Freya e a adolescente encontraram para atrair Ariane Bárbara para a morte. O corpo dela só foi encontrado no dia 30, já em estado de decomposição, em uma mata no Setor Jaó. O quarteto, descobriram os investigadores, já procuravam por alguém para matar durante um ritual macabro há alguns dias, e teriam escolhido Ariane por ser ela baixinha e mais magra, o que, imaginaram, a tornava uma vítima fácil de ser dominada.
Ritual satânico pós execução
Após o assassinato, pelo menos duas das autoras se ajoelharam do lado do corpo da jovem e ficaram durante mais de 10 minutos fazendo uma espécie de ritual satâncio. Ex colegas de Freya, que sempre estudou em escolas particulares, contaram para a equipe de reportagem do Diário da Manhã que a jovem tinha comportamentos diferentes, se apresentava como bruxa, e fazia questão de dizer que era psicopata.
Rota 190
Ex prefeito é acusado de encomendar assassinato
Agentes do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia prenderam temporariamente um ex-prefeito de Santa Terezinha de Goiás, cidade distante 300 quilômetros da capital. Investigações apontam que o político, que não teve o nome divulgado, foi quem encomendou o assassinato de Wender Luiz de Aguiar, 39, morto a tiros no último dia oito de março, na porta da casa onde morava, em Aparecida de Goiânia. A vítima teria sido executada porque estaria extorquindo o ex-prefeito, que anos atrás, o contratou para assassinar uma mulher, que alegava ter tido um filho com o político. Além do ex-gestor, duas mulheres foram presas, e a polícia procura agora pelos homens que executaram Wender Luiz. Na casa do político, foram apreendidas seis armas de fogo, entre elas pistolas, revólveres, e uma espingarda.
Choque descobre laboratório de drogas em Goiânia
Após abordagem a um homem que levava uma grande porção de cocaína em um veículo de luxo, modelo Corolla, militares do Batalhão de Choque encontraram um apartamento que era usado como laboratório para o refino de drogas em Goiânia. Dentro do imóvel, localizado na Avenida Perimetral Norte, no Setor Morada do Sol, os policiais apreenderam 18 quilos de cocaína pura, avaliada, de acordo com a corporação, em R$ 600 mil, além de insumos, e utensílios domésticos que eram usados no refino do entorpecente. Um total de R$ 5.250 em espécie também foram apreendidos. O proprietário do estabelecimento, que não teve nome, nem idade divulgados, o carro dele, os entorpecentes, insumos, e o dinheiro foram levados para a Central Geral de Flagrantes, onde foi lavrado o auto de prisão por tráfico de drogas, delito que tem pena que varia, de cinco, até 15 anos de reclusão.
Outra travesti é assassinada em Rio Verde
No segundo caso registrado somente este mês, mais uma travesti foi assassinada em Rio Verde, cidade que fica na região sudoeste de Goiás. Geovane Ferreira de Paiva, 29, que era conhecida como Alessandra, recebeu um tiro na boca disparado, segundo testemunhas, pelo condutor de um carro de cor prata. O crime aconteceu na Avenida Pedro Ludovico Teixeira, na Vila Maria. No último dia quatro, outra travesti também foi assassinada em Rio Verde. Como noticiado anteontem neste espaço, o autor deste primeiro caso se apresentou na segunda-feira à Polícia Civil, confessou o crime, e responde ao processo em liberdade.