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Conversa com teor homofóbico é apurado por Bombeiros em grupo de conversa

O Corpo de Bombeiros de Goiás investiga uma denúncia de conversas com teor homofóbico em um grupo de WhatsApp entre bombeiros militares de Luziânia.

Em parte da conversa, há comentários sobre uma cama desarrumada com dois travesseiros, sugerindo que dois homens dormiram juntos.

Nas mensagens, um dos membros diz que “o pessoal que saiu de serviço deixou umas roupas de cama” e que a cama seria desfeita caso o dono não aparecesse. Foi a deixa para que começassem comentários preconceituosos.

Um deles afirma que o motivo de os travesseiros estarem próximos é “pra conversar falando baixinho, normal”. “É muito amor envolvido”, escreveu outro membro, seguido de figurinhas de risadas.

A conversa durou cerca de duas horas, com mensagens, imagens e figurinha debochando sobre a homossexualidade.

O Corpo de Bombeiros divulgou em nota que “não coaduna com qualquer tipo de comportamento discriminatório”.

Crime de homofobia

A homofobia passou a ser crime em 2019, permitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os atos de homofobia se enquadram no crime de racismo.

A criminalização da homofobia prevê que:

  • “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
  • a pena será de um a três anos, além de multa;
  • se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
  • e a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.

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