Usando o nome e dados de um irmão, que é portador de necessidades especiais, Ademir Rodrigues Siqueira, 49, pretendia sacar R$ 22 mil, e depois contratar um empréstimo de quase meio milhão de Reais em um banco. No momento em que efetuaram a prisão do golpista na porta de uma agência em Goiânia, agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) foram abordados por uma mulher que denunciou ter sido enganada por ele em 2019.
Com documentos que tinham a foto dele, mas dados do irmão, Ademir conseguiu transferir uma conta bancária da cidade de Crixás, para Goiânia. Segundo a polícia, após a conclusão da transferência, o golpista veio para a capital a fim de sacar R$ 22 mil que estavam creditados na poupança de seu irmão, decorrentes de uma indenização por acidente de trânsito.
Os agentes da DERCC, que contaram com o apoio de servidores do Instituto de Identificação da Polícia Civil, descobriram também que, com a documentação falsa em nome do irmão, Ademir pretendia contrair um empréstimo no valor de 400 mil para uma suposta aquisição de imóveis na Caixa Econômica Federal. Ao perceber a movimentação policial na porta da agência, uma mulher se aproximou, e disse que em 2019 foi enganada pelo golpista que, após mentir ser advogado, ficou com R$ 2 mil dela.
No momento em que foi preso, Ademir estava com vários documentos que, acreditam os investigadores, seriam usados para a prática de outros golpes. A Polícia Civil disse ter divulgado a imagem e dados do preso “em decorrência da primazia do interesse público sobre o particular, pois possibilitará o reconhecimento por parte de outras vítimas ainda não identificadas, conforme os ditames da Lei 13.869/2019. e Portaria nº. 547/2021– PCGO”.
Golpe do carro
Outro golpista foi preso, também nesta semana, mas por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). O estelionatário, que só teve a imagem divulgada (foto de camisa polo), age com um ou dois comparsas, e, segundo a polícia, após vender carros para interessados, retorna no outro dia, afirma ter caído em um golpe, e pega o veículo de volta, mas não devolve o dinheiro ao comprador. Os agentes tentam identificar novas vítimas, e os comparsas que agem com ele.
Rota 190
Capturado mandante de dois assassinados em Alto Paraíso
Um homem que encomendou dois assassinatos em Alto Paraíso, na região nordeste de Goiás, foi preso preventivamente pela Polícia Civil. Investigações apontam que após pagar pela morte de um desafeto, executado com tiros pelas costas em 2020, o homem encomendou o homicídio de um dos pistoleiros, que acabou assassinado poucos meses depois. Por cada vítima, o mandante, que trabalha como gerente em uma fazenda da região, pagou R$ 7 mil aos pistoleiros. O primeiro assassinato teria relação com grilagem de terras, sendo que o mandante, que não teve o nome, nem a idade divulgados, já estaria tramando outros homicídios, e tentava vender, sem o consentimento do proprietário, a fazenda onde trabalhava.
Traficante levava 15 quilos de cocaína em ônibus
Após denúncia anônima, militares da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) apreenderam, na Rodoviária de Aragarças, 15 quilos de cocaína. A droga estava em três bolsas de uma passageira de um ônibus que saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, e seguiria para Goiânia. Para tentar passar despercebida pelos policiais, a mulher viajava com uma criança de apenas dois anos, prática que vem sendo usada com frequência por traficantes que usam ônibus interestaduais. De acordo com a PM, às 15 peças de cocaína apreendidas estão avaliadas em R$ 300 mil.
Mulher mata o marido a tesouradas em Planaltina
A discussão de um casal após bebedeira terminou em morte em Planaltina, cidade goiana que fica no Entorno do Distrito Federal. A vítima foi um homem de 36 anos, atacado dentro de casa com uma tesoura por sua própria companheira, que também tem 36 anos. Após ferir o marido no tórax e virilha, a mulher pediu ajuda a um vizinho, e acompanhou o socorro até o hospital municipal, onde acabou sendo presa. Em depoimento, ela contou que atacou o marido para se defender, já que ele teria se levantado, e ido em sua direção para agredi-la. A polícia não divulgou o nome da vítima, nem da autora, que foi autuada em flagrante por homicídio. Caso não comprove a legítima defesa, ela seguirá presa, e está sujeita a uma pena que pode variar de seis, até 20 anos de reclusão.