Em Junho de 2021, um bebê foi atacado por um dos jacarés que vivem na Lagoa Grande em Porangatu. Na época o caso trouxe muitos questionamentos e movimentações para que à Prefeitura retirasse esses animais da lagoa.
Após o bebê que foi atacado e teve o antebraço amputado, a Prefeitura de Porangatu começou a retirada dos animais. Segundo o município, cerca de 150 animais vivem no local e a reprodução cresce cada dia mais.
A retirada desses animais foi anunciada no mês de Junho após o ataque, mas só começou a ser feita na última sexta-feira (19). De acordo com a Prefeitura, técnicos ambientais estão trabalhando junto com equipes do Corpo de Bombeiros para poder retirar os animais.
O biólogo e especialista em jacarés, Thiago Resende, que acompanha os animais, disse que, eles irão ser retirados e transportados para outro lago da região, onde o espaço para reprodução é maior.
“A gente identifica onde ele [jacaré] está pelo brilho nos olhos, nos aproximamos devagar e tentamos passar o laço nele. Imobilizamos, tiramos algumas medidas, fazemos marcação e realizamos a soltura”, explicou o biólogo.
Logo após o ataque o biólogo Edson Abrão conta como é o modo de vida dos animais, e que eles não têm costume de atacar pessoas.
“Geralmente o jacaré-tinga é menor do que outros jacarés. A espécie pode chegar a cerca de dois metros de comprimento. Eles não têm o costume de atacar pessoas, deve ter atacado porque se alimenta de mamíferos de pequeno porte. Eles comem peixes ou aves. Se ele pegar, ele pode matar, mas não é comum”, explicou.
A Prefeitura instalou telas de proteção e placas de sinalização para evitar a aproximação de pessoas. De acordo com o município, o processo de remoção dos jacarés e capivaras faz parte do projeto de revitalização da Lagoa Grande e deve acontecer de forma contínua.
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