Wilker Darcian Camargo foi morto a tiros em uma ação da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), após ser arrastado pela equipe policial para dentro da sua residência na última sexta-feira, 10, em Trindade. Wilker foi tratado pela equipe policial como suspeito de tráfico de drogas na região, versão essa que foi contestada pelo pai do rapaz que é um PM aposentado e que afirmou que as drogas encontradas no carro do filho foram plantadas pelos militares que participaram da operação.
Um vídeo que ganhou as redes sociais durante o final de semana, mostra o momento da abordagem ao rapaz, e quando ele tenta fugir, mas é pego pelo policiais e posteriormente arrastado. Veja o vídeo:
No boletim de ocorrência (b.o) registrado pela equipe policial, Wilker foi visto pelos policiais da operação após entrar em um açougue e sair com uma sacola de drogas do local. De acordo com o registro policial, o rapaz estava de carro, e tentou fugir após perceber que estava sendo seguido pelos policiais.
Conforme as informações divulgadas por outros portais de notícias, os militares afirmaram que o rapaz atirou contra a equipe. Na tentativa de fuga, os policiais disseram que Wilker bateu o carro e tentou fugir a pé, no momento que entrou na casa de um vizinho.
As imagens acima mostram Wilker tentando fugir dos militares, mas o mesmo é seguro por três policiais, e é possível ouvir os disparos. Um dos policiais da ocorrência ainda manda que as pessoas que estavam vendo a cena saírem da rua.
A PM afirmou quem nota enviada à imprensa que tem conhecimento do caso e que um inquérito policial militar foi instaurado, e que os militares envolvidos na ocorrência que terminou com a morte do rapaz foram afastados das suas atividades.
Pai de homem arrastado em ação da PM, afirma que filho foi executado pelos policiais
O pai de Wilker, Moacir Divino Camargo da Silva, que atualmente é cabo da reserva da PM, e trabalhou por 16 anos na corporação, afirmou que o filho foi executado pelos policiais.
"Está visível que Meu filho foi executado. Ele podia ser o pior bandido que fosse, mas não podia ser executado. Não tem lei que permite isso. Foi executado pelos meus próprios colegas de farda", ressalta revoltado o pai do rapaz.
O pai de Wilker afirmou que o rapaz trabalhava como comerciante, e que o mesmo havia sido preso com 18 anos, por ter dado carona para um homem que cometeu um assalto e que por essa razão havia sido condenado. Moacir informou que o filho já havia cumprido a pena e que esperava para fazer a retirada da tornozeleira eletrônica.
*Com informações do G1
Leia também: