Enquanto a população vê os casos de covid-19 diminuírem, um outro problema de saúde coletiva pode se agravar. O aumento de casos de dengue e de gripe. No estado de Goiás já foram registrados mais de 60 casos de H3N2, além do crescimento de pessoas contaminadas com outros vírus da gripe. De dengue foram mais de 40 mil registros. Na capital a situação começa a se complicar com o aumento da demanda nas unidades de saúde. O diretor geral do hospital São Francisco de Assis, médico Hugo Frota, mostra preocupação com a situação.
“Estamos assustados, cresceu muito nas últimas semanas a procura de pessoas com sintomas de dengue e gripe no pronto-socorro do hospital. Em outubro e novembro eram poucos registros, mas neste mês de dezembro os casos vêm aumentando dia a dia e já vem causando dificuldades no atendimento. É preciso que as autoridades façam campanhas para evitar uma crise maior como já vem ocorrendo em outros Estados, inclusive na região Centro-Oeste”, afirma o diretor.
Em estados como o Rio de Janeiro e São Paulo o avanço da gripe, principalmente, já vem causando problemas no sistema de saúde com filas enormes, demora no atendimento e mortes. A situação começa a se complicar também em outros estados, entre eles, os da Região Centro-Oeste. Em Cuiabá, no Mato Grosso, as unidades de saúde estão lotadas com filas enormes. No município de Sorriso, um dia após o Natal, foi registrado superlotação nas unidades de saúde.
A grande dificuldade é que os sintomas são parecidos e as pessoas chegam às unidades de saúde sem saber ao certo que doença tem, uma virose simples ou uma gripe H1N1, a influenza H3N2, Covid e dengue. E a quantidade crescente da procura envolvendo todas as doenças, segundo o médico Hugo Frota, pode colapsar as unidades de saúde.