Em menos de duas semanas, pelo menos três pessoas foram sequestradas, extorquidas, e obrigadas a repassar valores para criminosos em Anápolis. Há suspeita de que os crimes estejam sendo cometidos por uma mesma quadrilha, mas, até agora, nenhum bandido foi identificado, ou preso.
A sequência de pessoas sendo sequestradas em diferentes regiões de Anápolis começou no último dia de 2021, quando um motorista de aplicativo foi rendido por dois homens armados no Parque Ipiranga. Além de ter o carro roubado, ele foi obrigado a repassar R$ 500 em dinheiro, via PIX, para os dois assaltantes, que levaram também objetos pessoais e cartões bancários.
Já no final da semana passada, um homem de 47 anos foi abordado por criminosos quando estava dentro de um veículo Ônix, na porta do condomínio onde mora, no Jardim Europa. Durante mais de três horas, a vítima permaneceu refém dos bandidos, que o obrigaram a fazer transferências, e a lhes repassar as senhas dos cartões bancários. Assim como no caso do motorista de aplicativo, essa vítima foi deixada pelos assaltantes em uma estrada de terra, de onde só conseguiu sair na manhã seguinte à abordagem.
O caso mais recente aconteceu na noite da última terça-feira, quando um casal que estava em um Hyundai Creta foi fechado pelos condutores de dois carros, um Ônix e um Palio, no Bairro Monte Sinal. A mulher foi levada por um casal de bandidos para uma estrada vicinal, onde permaneceu algumas horas como refém, enquanto que o restante da quadrilha seguiu com o marido dela, que é dono de um supermercado no Bairro Recanto do Sol, até o estabelecimento. Os criminosos obrigaram ele a abrir o supermercado, e roubaram todo o dinheiro dos caixas.
Em seguida, o proprietário foi deixado em uma estrada vicinal, onde recebeu ordens para que corresse no escuro, sem olhar para trás. Após encontrar a esposa nas proximidades, ele achou também o Creta que tinha sido levado pelos sequestradores.
Carro roubado abandonado
Perto de onde o casal foi deixado pelos criminosos, policiais militares encontraram o Ônix que tinha sido roubado durante o sequestro registrado no sábado passado, o que levanta a suspeita de que os crimes estejam sendo praticados por uma mesma quadrilha. De acordo com as informações repassadas pelas quatro vítimas, há pelo menos cinco bandidos, entre eles uma mulher, envolvidos nestas abordagens e extorsões.
Rota 190
Preso outro envolvido em assassinato na virada do ano
A Polícia Civil prendeu esta semana outro homem que também participou do assassinato de um jovem de 20 anos durante a festa da virada do ano em Montividiu, na região sudoeste do estado. As investigações apontam que o homem preso anteontem, que não teve o nome, nem a idade divulgados, foi quem incitou o colega que acabou dando várias facadas em Bruno Rodrigues Paixão. O autor das facadas já havia sido capturado pela Polícia Militar na semana passada em Rio Verde, no momento em que se preparava para fugir de Goiás. Com a prisão da dupla, a PC espera concluir o inquérito nos próximos dias.
Após confronto, Rotam recupera Hilux roubada
Um ladrão de veículos morreu, e outros dois conseguiram fugir após intensa troca de tiros com militares da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) no Jardim Itaipu, em Goiânia. O trio foi flagrado logo após roubarem uma camionete modelo Hilux em assalto, no Residencial Eli Forte. Além de recuperarem o utilitário, os policiais também apreenderam uma pistola calibre Ponto 40 com o criminoso que morreu, e encontraram, dentro do veículo, um aparelho Jammer, que bloqueia o sinal rastreador. Ainda na noite de terça-feira, militares da Rotam também confrontaram com um traficante de drogas em Luziânia, cidade goiana que fica no Entorno do Distrito Federal. Nome e idade dos dois mortos não foram divulgados.
Estelionatários tinham quase 200 quilos de skunk
Militares do Batalhão de Choque prenderam no Setor Nova Esperança, em Goiânia, três estelionatários que haviam adquirido, de maneira fraudulenta, 15 colchões, três tendas, e 10 pneus de trator. Além de recuperarem os pneus, colchões e tendas, os PMs encontraram, com a ajuda de cães farejadores, 196 peças de skunk, droga conhecida como “super maconha”. Avaliados em R$ 200 mil, os entorpecentes estavam escondidos debaixo do fundo falso de uma carreta. Os três caminhões usados pelos estelionatários, que foram autuados em flagrante também por tráfico de drogas, foram apreendidos. Um dos presos, segundo a PM, já responde por tráfico.