O chocolate é, sem dúvidas, um dos alimentos mais queridos e consumidos mundo afora. E com a chegada da Páscoa, o consumo do produto tende a aumentar ainda mais.
A versatilidade do cacau é de invejar qualquer outro fruto, com versões em amargo, meio-amargo, ao leite, com avelã, com açucar, enfim, uma variedade infinita que pode ser encontrada em supermercados, farmácias e em lojas de suplementos.
E como já mencionado antes, a Páscoa logo chega e inúmeras versões de chocolates e ovos de páscoa vem para saciar o desejo daqueles que apreciam o doce, com versões também em zero lactose e adoçados com maltitol, sorbitol e outros adoçantes para os que querem manter a dieta.
Por que o chocolate é tão apreciado?
A nutricionista Aline Conrado Gomes afirma que o cacau apresenta substâncias que auxiliam na produção de um hormônio causador d bem-estar. “Com relação à disposição, podemos destacar que o cacau apresenta triptofano, que é precursor de serotonina, neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar".
Como a serotonina precisa do açúcar para ser produzida, ela entra no sistema circulatório em maior quantidade, e é neste momento que a sensação de prazer aparece quando se ingere esse doce.
Porém, quais os limites do consumo do chocolate?
Aline afirma que o cacau possui compostos que possuem diversos benefícios ao organismo.
“Por ter substâncias ricas em compostos bioativos como polifenóis o cacau é benéfico para o nosso organismo. Podendo colaborar na proteção contra doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. Além disso, algumas evidências científicas identificaram efeitos benéficos relacionados a esses compostos bioativos do cacau na obesidade e diabetes”.
Além disso, um estudo publicado no International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), indicou que o consumo de chocolate está associado a uma baixa taxa de hipertensão e diabetes. condições agravantes para doenças cardiovasculares.
“A ingestão diária de quantidades específicas de cacau pode contribuir para a redução das concentrações plasmáticas de colesterol e triglicerídeos, gorduras que quando em excesso contribuem para os desenvolvimentos de eventos cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico”, explica a nutricionista.
Assim como qualquer outro alimento, o chocolate precisa e deve ser consumido de forma moderada, principalmente quando se trata de chocolate branco, já que, segundo Aline, este é obtido com no mínimo 20% de manteiga de cacau, associado a outros ingredientes, de modo que sua composição em cacau é bastante reduzida.
Já em relação ao chocolate ao leite, a nutricionista alerta para o consumo consciente, visto que o chocolate que compramos nas prateleiras de supermercados são altamente processados. “Para se produzirem os produtos mais consumidos no mundo, o chocolate, as sementes de cacau devem passar por vários processos como fermentação, secagem e torrefação. Além disso, para se produzir o chocolate ao leite, uma grande quantidade de gordura e de açúcares precisam ser acrescentados ao produto, reduzindo-se consideravelmente o teor dos compostos bioativos do cacau”.
Além disso, algumas consequências indesejadas podem ser sentidas caso o chocolate seja consumido em excesso, como coceiras, irritação na pele, com vermelhidão e bolhas, insônia e diarreia, portanto é necessário cautela ao consumir o produto.
O importante mesmo é escolher o chocolate que mais lhe satisfaça e consumir com paciência e apreciar cada mordida, afinal, neste momento tão difícil pelo qual estamos passando, sentir prazer faz-se mais do que necessário, principalmente quando o assunto é doce.
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