Elizamar de Moura Alves, de 36 anos, acusada de sedar e matar o marido Erni Pereira da Cunha, de 43 anos, dentro de uma fornalha em Dom Feliciano, na Região Sul do Rio Grande do Sul, em fevereiro de 2021, será julgada nesta quarta-feira, 27.
Ela é acusada dos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. O julgamento pelo Tribunal do Júri será presidido por Daniel de Souza Fleury e o representante do Ministério Público será Francisco Saldanha Lauenstein.
Em nota, os advogados Marcos Antônio Hauser, Mikaela Schuch e Igor Roberto Freitas Garcia, que representam Elizamar, afirmam que tem convicção de que a cliente é "na verdade uma vítima de violência doméstica que agiu em legítima defesa da própria vida e de seus filhos, de modo que a absolvição será o desfecho natural". Veja a nota na íntegra:
Considerando todas as provas já constantes nos autos do processo, somadas aquelas que serão produzidas durante a instrução no plenário, a defesa tem convicção que restará demonstrado aos jurados que Elizamar é na verdade uma vítima de violência doméstica que agiu em legítima defesa da própria vida e de seus filhos, de modo que a absolvição será o desfecho natural.
Erni foi dado como desaparecido no dia 15 de fevereiro. No mesmo dia, Elizamar foi até a delegacia para registrar ocorrência.
A delegada Vivian Duarte, que investigou o caso, disse que os depoimentos dos familiares eram incongruentes e "Durante as diligências a companheira da vítima confessou o crime".
A mulher relatou que cometeu o crime por ter sofrido agressões e ameaças do homem, durante mais de duas décadas de relacionamento. Ela foi presa em 11 maio de 2021.
Elizamar foi denunciada pelo Ministério Público e de acordo com a acusação, a ré diluiu dois comprimidos do medicamento Diazepam no suco de laranja do marido em 15 de fevereiro. Desacordado, ele foi colocado dentro da fornalha que fica na estufa de fumo da família. O corpo ficou queimando no local durante três dias.
Com informações do G1
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