A Prefeitura de Goiânia começou a fazer a substituição de árvores da Avenida Castelo Branco que quebravam o asfalto e que causavam acidentes. As ações fazem parte do projeto de revitalização, em parceria com a comunidade e a iniciativa privada, que cria a Agrovia Castelo Branco, cuja meta é transformá-la no maior polo de comércio agropecuário do Brasil.
Nessa etapa, que é a primeira de seis, serão trocadas 39 árvores. Segundo a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), para cada espécie retirada, serão plantadas outras 10 no local. Todas as 390 novas mudas são de ipês amarelos. Caso não caibam todas no canteiro central, em função do limite de distanciamento, serão plantadas em passeio público e outros locais.
Os técnicos da Amma, a partir de um documento chamado Laudo de Vegetação, autorizaram a retirada dessas 39 árvores da Castelo Branco, por entender que a maior parte delas estava com as raízes comprometidas ou em final de ciclo. Existiam risco de elas caírem e provocarem acidentes. Além disso, muitas já estão envelhecidas, frágeis e doentes.
Esse diagnóstico foi confirmado pelo laudo de um engenheiro florestal autônomo, certificado pelo Conselho de Engenharia e Arquitetura (Crea), que produziu um levantamento para subsidiar a redação da proposta, entregue à prefeitura. As mudas de ipês já estão com cerca de dois metros cada. Serão plantadas a 14 metros de distância uma da outra, de modo a evitar que as copas se encontrem.
Apoio da comunidade
O projeto de repaginação da avenida foi produzido pela comunidade da região e doado para a prefeitura por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), em parceria com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg). A coordenação do projeto e sua implementação está a cargo da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), por meio da Unidade Executora do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama).
“Esse projeto foi aprovado há dois anos, inclusive com o aval do Ministério Público”, afirma Ricardo Cantaclaro, que há quase 60 anos faz parte da comunidade que vive e trabalha na região da Castelo Branco. “A gente levou um documento com 500 assinaturas à promotoria, que se manifestou favoravelmente à substituição. Existem também laudos técnicos que chancelam esse trabalho. É uma discussão que está sendo feita há muito tempo”, afirma.
O comerciante Luiz Höhl, que também subscreve o pedido levado ao MP, lembra que a substituição de árvores complementa outras ações pensadas para melhorar o ecossistema da região, como a construção de pisos drenantes. “São ideias experimentadas em outros lugares do mundo e adaptadas à nossa realidade. A Castelo Branco não só vai ficar mais sustentável, como também mais bonita. A adesão da nossa comunidade ao projeto é total”, destaca.