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Retomada programação cultural da capital

Desde o início, as ações da gestão do prefeito Rogério Cruz foram também marcadas pelo esforço para difundir cultura em um cenário de isolamento social, no qual as apresentações e exibições com plateia estavam proibidas.

O Centro Livre de Artes (CLA) do Bosque dos Buritis, por exemplo, atendeu cerca de mil alunos no sistema remoto, e transmitiu recitais e exposições pela internet, que alcançaram em média 800 visualizações por postagem.

O Museu de Arte de Goiânia (MAG) anunciou, ainda em 2020, exposições para visitação virtual. Na primeira quinzena de setembro daquele ano, inaugurou exibição das coleções de Paulo Fogaça, Paulo Humberto Almeida e Attílio Correia Lima.

Orquestra on-line
A Orquestra Sinfônica de Goiânia também aderiu ao formato de apresentações on-line. Foram 176 atividades em ambiente virtual, de janeiro a abril de 2021, que alcançaram plateia estimada em 31,9 mil pessoas.

Já o Museu Frei Confaloni, apostou em exposições a céu aberto e em espaços amplos, arejados, que garantiam a integridade e a saúde dos visitantes.

O Cine Goiânia Ouro abriu as portas eventualmente para gravações sem público, ensaios e outras atividades nas quais foi possível garantir respeito aos protocolos sanitários.

Desde o segundo semestre do ano passado, a Casa de Vidro Antônio Poteiro sediou 32 eventos institucionais, não abertos ao público. A biblioteca Cora Coralina atendeu 1.032 usuários, entre janeiro de 2021 e março de 2022.

Volta do público
A partir da segunda metade de 2021 - e ainda com os devidos cuidados - os artistas se reencontraram com a plateia no Goiânia Ouro. O palco do Goiânia Ouro ainda foi utilizado para transmissão de lives de artistas contemplados pela Lei Aldir Blanc, um dos momentos mais movimentados da área cultural em 2022.

No Museu Frei Confaloni, a volta do público começou no fim de outubro. Desde então, o local sediou exposições que fizeram sucesso, como a Simetria, com vestuário inspirado na arquitetura art-déco de Goiânia.

A agenda presencial no MAG retomou fôlego no segundo semestre de 2021, com eventos como a exposição especial “A presença das mulheres no acervo do MAG” em comemoração aos 88 anos da cidade de Goiânia, e aos 51 de criação do museu

Leis de incentivo
Duas leis em vigor ajudam a manter viva a rotina cultural de Goiânia. A Lei Aldir Blanc foi criada especificamente para auxiliar os artistas durante a pandemia, tendo em vista que as regras de isolamento social comprometeram a renda da categoria. O valor disponibilizado aos artistas foi de R$ 4,2 milhões. A outra é a Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que disponibilizou R$ 4,45 milhões.

Música
No Grande Hotel, a Secretaria Municipal de Cultura e a Orquestra Sinfônica dão aulas a cerca de 100 alunos nos períodos matutino e vespertino. Desde que a pandemia estava no auge, foram 11 apresentações em igrejas, 14 em parques e praças, 19 em teatros e outras 16 em ambientes diversos. Pelo menos 30 mil pessoas assistiram a esses espetáculos.

No dia do Patrimônio Cultural (17 de agosto), a prefeitura promoveu performances musicais simultâneas em patrimônios arquitetônicos da cidade, que alcançaram público aproximado de 400 pessoas. As famosas apresentações de chorinho reuniram pelo menos sete mil pessoas.

O festival Canto de Ouro, um dos mais consagrados do calendário cultural da cidade, promoveu 48 shows entre 4 e 28 de novembro do ano passado e atraíram 9,6 mil espectadores.

Em 15 de março, o prefeito Rogério Cruz anunciou a retomada cultural, com calendário de eventos, em 2022, e investimentos de R$ 8 milhões. Projetos respaldados pelos goianienses, como o Som de Mercado e FestCine, e novos eventos, como Arte nos Parques, com shows e apresentações de dança.

“Após dois anos impedidos pela pandemia, conseguiremos retomar, com transparência, segurança e responsabilidade, a nossa agenda cultural”, afirma Rogério Cruz.

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