Nesta terça-feira, 14, a Procuradoria Geral da República (PGR), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare a extinção da pena imposta ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
Parceiro do presidente Jair Bolsonaro, Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado e à perda dos direitos políticos por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal e instituições como o próprio STF.
Daniel Silveira foi beneficiado por um indulto concedido por Bolsonaro que perdoava a pena imposta ao parlamentar, o que levou a defesa a pedir o reconhecimento do decreto assinado por Bolsonaro que favoreceu o parlamentar.
A defesa de Daniel Silveira, então, acionou o Supremo e pediu que fossem reconhecidos os efeitos do perdão dado por Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, em seguida, enviou os recursos da defesa para análise da PGR.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, em manifestação enviada ao Supremo afirma ser preciso reconhecer os efeitos do indulto individual.
"O decreto de indulto individual é existente, válido e eficaz, sendo que a sua repercussão jurídica na punibilidade está condicionada à necessária decisão judicial que declara extinta a pena do condenado", declarou Lindôra.
Após o envio da manifestação da PGR ao STF, a advogada de Silveira, Mariane Andréia Cardoso, divulgou uma nota na qual disse que o órgão "acolheu as razões recursais constantes dos agravos que foram apresentados".
"Desse modo, diante do pedido expressamente apresentado pelo Ministério Público, único titular da ação penal, espera-se que o Poder Judiciário declare da extinção da punibilidade e determine revogação retroativa das medidas cautelares, reconhecendo que o deputado federal Daniel Silveira é um homem livre", declarou.
Com informações G1
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