Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o cerrado queima em níveis recorde neste ano. Até agosto, foram registrados 20.095 pontos de incêndio no bioma, número superior ao que foi identificado na Amazônia, 16.874, e na Mata Atlântica, 4.684, conforme o Inpe.
A marca da destruição no cerrado corresponde a quase metade das queimadas em todo o Brasil, representando 45% do total. Somente em maio, foram 3.578 focos, o pior número para o mês desde que o levantamento começou a ser feito por satélite, em 1998.
Conforme as estatísticas do Inpe, os focos de incêndio florestais aumentaram 283% entre janeiro e julho no Brasil. Mato Grosso, estado onde o cerrado corresponde a 40% da vegetação natural, tem sido o mais afetado. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, estima-se que 137 espécies conhecidas de animais do bioma estão ameaçadas de extinção.
Segundo o Inpe e, conforme noticiou o Correio Braziliense, entre os principais problemas decorrentes das queimadas, estão a perda de patrimônio socioambiental e cultural, como as áreas de uso familiar ou coletivo atingidas pelo fogo, as faixas de florestas e de cerrado que representam habitats para muitas espécies animais e vegetais.
Em uma cartilha, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) reforça alguns dos pontos em que a população deve ter cuidado. Entre eles, sempre tirar o mato ao redor dos pontos em que serão acesas fogueiras ou velas e, ao fim, apagar as brasas com água ou terra; manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças; apagar as bitucas de cigarro e jamais descartá-las em ambientes florestais.
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