Comemorado na próxima quinta-feira, 25, o Dia do Feirante foi criado para homenagear a primeira feira livre do país, realizada em 1914, em São Paulo. Segundo o produtor rural e feirante Welitom Antônio da Silva, a data é muito importante para que as pessoas parem um pouquinho para olhar para a classe e valorize um pouco mais essas pessoas tão importantes para a sociedade.
"O momento não tem sido fácil, nem para o produtor, nem para o feirante, tendo em vista a pandemia. Já não era fácil antes, principalmente aqui em Goiânia, em função da cidade ser muito bem servida com várias redes de mercados que atrapalham muito a vida de nós feirantes, pois, as grandes redes só compram dos grandes distribuidores", afirma o feirante.
De acordo com Welitom, a desvalorização do trabalhador, as leis trabalhistas e a falta de credibilidade tem prejudicado esses trabalhadores.
"Não tenho nada contra os grandes centros, é que na verdade, a gente não tem oportunidade de crescer e poder concorrer com eles. Também não tenho nada contra as leis trabalhistas, só que por um longo período, não pensaram no produtor rural e dava direito só para o trabalhador. Os bancos, quando a gente chega neles e procura um financiamento, eles têm logo três impressões da gente: pobre, desinformado e mora longe. Não dão credibilidade pra gente e o desestímulo é muito grande", explica o comerciante.
"Não tenho nada contra os grandes centros, é que na verdade, a gente não tem oportunidade de crescer e poder concorrer com eles. Também não tenho nada contra as leis trabalhistas, só que por um longo período, não pensaram no produtor rural e dava direito só para o trabalhador. Os bancos, quando a gente chega neles e procura um financiamento, eles têm logo três impressões da gente: pobre, desinformado e mora longe. Não dão credibilidade pra gente e o desestímulo é muito grande", explica o comerciante.
Segundo o produtor, as dificuldades são inúmeras, e após a pandemia elas aumentaram, mas algumas coisas melhoraram e facilitaram a produção.
"Temos algumas situações que melhorou para nós, por exemplo, a tecnologia, setor de irrigação cresceu muito, mas precisamos de condições para adquirir e continuar produzindo. Há uma concorrência desleal quando se trata de estado para estado também, porque o produtor de Goiás, durante um longo período ficou desassistido e não tinha crédito, orientação técnica e outros estados cresceram mais. Hoje você tem que trabalhar 24 horas por dia para tentar sobreviver nesse ramo", ressalta Welitom.
Apesar das dificuldades, o trabalhador de 55 anos, que tem uma horta em Abadia (GO), diz que acredita em dias melhores.
"Meu dia a dia não é fácil, tenho que levantar de madrugada e me deitar tarde todos os dias, porque vida de comerciante, feirante, pai de família e provedor de casa é assim. Pelo bem estar da minha família eu tenho que levantar cedo de domingo a domingo, mas Deus tem me sustentado e me dado saúde e graça para vencer os momentos de adversidades. Sou uma pessoa muito alegre, amo o que faço e sou apaixonado pela agricultura, pelo comercio e pela vida. Espero ter dias melhores e acredito na força do trabalho", afirma Welitom.
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