Um homem de 46 anos, que se passava por pai de santo, foi indiciado pela Polícia Civil, em Aparecida de Goiânia. O suspeito deve responder por importunação sexual, estupro, ameaça, violência psicológica e posse ilegal de munição de arma de fogo.
Foi comprovado que o suspeito abusou de seis vítimas do sexo feminino, uma delas é menor de idade. Segundo as vítimas, ele se utilizava dos dogmas religiosos como justificativa para a violência sexual, ele ainda dizia que "fazia parte do tratamento".
De acordo com a delegada do caso, Cybelle Tristão, as vítimas eram intimidadas pelo acusado, já que ele as ameaçava ao dizer que se elas o denunciassem, suas vidas seriam destruídas pelas entidades espirituais.
As ameaças deixaram as vítimas abaladas psicologicamente.
“Inclusive, uma das mulheres abusadas foi encaminhada para o Caps (Centros de Atenção Psicossocial) para fazer acompanhado psiquiátrico porque está bastante abalada”, disse Cybelle.
No relato das vítimas, o homem fazia piadas de cunho sexual com elas ao tocar em suas partes íntimas, por isso será indiciado também por importunação sexual.
Prisão e investigação
Em agosto, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, ele foi preso no dia 26 de agosto. No momento da busca, foram encontradas duas munições de revólver calibre 38 e 12 facas na casa do suspeito.
Em relação aos abusos, as mulheres levaram o caso à Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de Goiás (Fuceg), que foi atrás da polícia para registar a denúncia.
A Fuceg informou que ele exercia a função sem o devido registro, com isso, sua atuação era de maneira ilegal no terreiro de umbanda.
Na conclusão da delegada, ela afirma que o homem agiu 'sem ajuda da esposa e demosntra ser uma pessoa muito fria, sem arrependimento nenhum pelo que fez.'
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