O Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou 16 trabalhadores de uma lavoura em condição análoga à escravidão, em Santa Cruz de Goiás. A Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) informou que as vítimas colhiam cebola e dormiam em casas em Pires do Rio.
De acordo com os auditores-fiscais, as pessoas eram da Bahia e do Maranhão e foram atraídas para Goiás com a falsa promessa de boa remuneração, incluindo alimentação, alojamento e passagens. Porém, ao contrário do que era prometido, eles tinham que arcar com tudo, inclusive com instrumentos de trabalho.
Segundo a investigação, as vítimas dormiam em três casas sem móveis e trabalhavam sem ter a carteira assinada.
“Eles dormiam em colchões no chão e preparavam suas refeições em fogareiros feitos de tijolos e madeira. Também faziam suas necessidades nos trilhos de trem próximo da casa, pois o banheiro não funcionava”, infomrou a SIT.
O órgão então notificou o empregador, que deverá pagar R$ 22.723,90 para os 16 trabalhadores. Além disso, o MPT e a Defensoria Pública da União (DPU) estabeleceram o valor de R$ 2 mil por danos morais. Três parcelas do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado devem ser pagas às vítimas.
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