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A Campanha Outubro Rosa teve sua primeira edição na década de 1990 e começou na cidade americana de Nova York. Desde então, a iniciativa ganha espaço entre entidades públicas e privadas e, hoje, sem sombra de dúvidas, é uma das mais fortes no mundo. Entre tantas cores celebradas ao longo do ano, o mês cor-de-rosa é inconfundível e trabalha em prol da conscientização em torno do câncer de mama.
Para abraçar esta causa, o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH) promoveu a ação “Outubro Rosa”, neste sábado, 8, das 8 às 15 horas, na sede da unidade, localizada na Avenida 87, no Setor Sul. Neste período, pacientes pré-selecionadas fizeram a micropigmentação de aréolas para que, além de se recuperar do diagnóstico, possam, também, voltar a se sentir completas.
“Notamos, em especial nas mulheres jovens, que a mama é parte fundamental da feminilidade e, quando precisamos operar essa região, já nos empenhamos para proporcionar a reconstrução da mama. Muitos casos, no entanto, precisamos retirar o mamilo e aréola para concluir o tratamento cirúrgico do câncer e, isso as incomoda. Assim, sempre explicamos sobre essa possibilidade e recebemos um feedback muito positivo das mulheres que realizam a micropigmentação nos seios”, comenta Frank Braga, mastologista membro do corpo clínico do INGOH e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional de Goiás.
Karla Núbia, representante do Grupo Vendendo o CA (parceiro do INGOH nesta ação), ressalta a surpresa que teve ao se olhar no espelho. “Eu fiz achando que ficaria bom, mas ficou excelente! Hoje até esqueço que precisei tirar essa parte da mama e, quando vou fazer exames de imagem de rotina, os profissionais de saúde até se surpreendem que é uma tatuagem, de tão real que é”, compartilha.
No INGOH, a pigmentação de aréolas ficou a cargo da profissional Welide San. Ela reforça que tem algumas condições a serem analisadas e que só pode submeter a paciente às sessões de micropigmentação, após a liberação da equipe médica. Ademais, San ressalta que a tinta utilizada é pensada e trabalhada de acordo com o tom de pele de cada mulher.
Segundo Braga, não existe contraindicação para a micropigmentação da aréola.
"O que existe na verdade, são alguns cuidados. Algumas dessas mulheres fazem radioterapia, que por si só, já causa um problema na pele, deixando-a mais frágil. Então, o que a gente precisa, é tomar cuidado para esperar um certo período, até que essa pele se recupere da radioterapia. A micropigmentação na verdade, é na tentativa de minimizar os efeitos do tratamento."
Além disso, o INGOH também promoveu corte de cabelos que serão doados ao salão Lenne House Cabeleireiros para produção de perucas que serão entregues às pacientes do INGOH em tratamento contra o câncer. A ginecologista, Lidyane Gomide, foi ao hospital para uma palestra e, acabou doando os seus cabelos, para ajudar outras pessoas que estão em tratamento.
"Muitas pessoas me rodeiam com câncer de mama, e isso, fez parte da minha vida durante muito tempo! Quando eu fiz faculdade, os meus professores falavam para eu fazer mastologia e, eu falava que não conseguia lidar com isso, porque foi muito doloroso pra mim viver isso na minha família, na minha casa", relatou Gomide.
Shirley Aires, técnica em enfermagem e estagiaria em posto de coleta, também participou do evento e cortou os seus cabelos. "Ajudar o próximo é sempre importante e faz bem pra gente!"
O mastologista Frank Braga reforça a importância do "Outubro Rosa".
"Esse "Outubro Rosa" é muito importante, porque ele é a maneira que a gente tem para conscientizar mulheres e sociedade sobre a importância, da necessidade de diagnóstico precoce contra o câncer. São esperados para o ano de 2023, 66 mil novos casos de câncer de mama. É o câncer mais prevalente do mundo! Então, com o diagnóstico precoce é o melhor tratamento contra o câncer de mama!", afirma.
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