O Patrimônio Histórico é considerado suas raízes mais profundas, um legado cheio de inúmeras culturas e diversidades. É através dele que recebemos a essência de tudo que já foi vivenciado ao longo de muitos anos, décadas e milênios. Toda essa cultura e tradição na preservação, é o ventre de qualquer nação. É o início do desenvolvimento, tradições e conhecimentos.
Viver a cada dia gerações e gerações e relatar a forma de vida dos antepassados, com destaque na real história já vivida, que deixa assim, caminhos históricos para pesquisadores explorar, relatos de mais de 500 anos atrás. Embora seja de suma importância, a história do Brasil ela se renasce a cada instante com a restauração, revitalização de Patrimônios Tombados, Natural, Cultural, Imaterial em suas belíssimas riquezas históricas, que após anos se faz presentes, para explorar todo seu legado para então levar parte da cultura do Brasil e suas origens para gerações futuras.
Dentre todos os Patrimônios riquíssimos em belezas e legados, em Goiânia existem inúmeras memórias preservadas consideradas cartões postais da capital. Sendo elas Antiga estação Ferroviária, Mureta trampolim do lago das rosas, Antigo Palace Hotel, Antigo Grande Hotel, Antiga Subprefeitura e Fórum de Campinas, Antiga Escola Técnica de Goiânia, Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, Teatro de Goiânia, Traçado Viário dos núcleos Urbanos Pioneiros, Conjuntos da Praça Cívica e os Museus Pedro Ludovico Teixeira, Museu Zoroastro Artiaga, entre outros espaços culturais na Capital, que a cada visitação do público recebe riquíssimas informações que nos mostra saudações vividas a mais de décadas.
O Diário da Manhã retornou ao passado “de volta ao túnel do tempo”, e participou dessa experiência para buscar com mais detalhes, histórias e a importância da preservação de parte desses Patrimônio Históricos.
Diário da Manhã conversou com Diretor Técnico do Museu de Arte Frei Canfaloni no prédio da Antiga Estação Ferroviária de Goiânia, Antônio da Mata que nos conta sobre o mais jovem dos Museu. “O museu foi inaugurado em 2019 tornando-se o mais jovem de Goiânia. Embora jovem, o museu já contou com diversas exposições temporárias, além do acervo fixo”.
Antônio da Mata, também nos conta sobre o tombamento do Patrimônio da Antiga Estação Ferroviária. “O prédio é tombado nos níveis Municipal, Estadual, Federal, e é também o cartão postal de Goiânia. Há muito para ver: os azulejos, a área da bilheteria, a Maria Fumaça, os dois afrescos de Frei Canfaloni, a torre do relógio, o jardim e, claro as exposições”, pontua.
Da Mata, finaliza ao nos contar como é para chegar à torre do relógio. “Para chegar à torre do relógio são duzentos degraus e uma bela escada no estilo art-déco. Além disso, na área interna da Estação temos dois frescos do importante artista Frei Nazareno Canfaloni, que foram pintados diretamente na parede antes da inauguração da Estação no ano de 1950. Já na parte externa do prédio temos a Maria-Fumaça exposta permanentemente e alguns trilhos que foram mantidos. A inauguração da Estação Ferroviária em 1950 foi um marco para Goiás e para recente Capital Goiânia e conectou pessoas e histórias, bem como facilitou o transporte de cargas”, diz.
O Publicitário e coordenador do Museu Pedro Ludovico, Pedro Henrique Campos de Santana, nos conta sobre as instalações do museu. “O Museu Pedro Ludovico é o Museu da Cidade de Goiânia, foi instalado em 1987 na casa que foi construída em 1937 para abrigar o fundador da cidade, Pedro Ludovico Teixeira, e sua família. Desenvolvendo ações museológicas há quase 36 anos, o museu preserva a memória da fundação da cidade e da vida pessoal e política de seu fundador, e também promove discussões acerca de temas atuais na cidade de Goiânia, através de eventos próprios, como o café com Pedro, e participações em eventos nacionais, como a semana dos Museus e a Primavera dos Museus do IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus”.
Santana, também nos conta a importância da preservação do Museu como Patrimônio Histórico e sobre o público visitante. “A preservação e difusão dos patrimônios materiais e imaterial dos povos também é a preservação de suas identidades. Valorizar tudo que é produzido pela cultura de uma sociedade é também um ato de construção da cidadania e os visitantes são de origens múltiplas: estudantes da educação infantil até o ensino superior, pesquisadores das mais variadas áreas, como História, Museologia, Artes, Literatura; turistas de várias partes do país e do mundo, que vem à cidade a passeio ou negócios, e querem conhecer a História de Goiânia e de Goiás através do museu da cidade; moradores da cidade de Goiânia, nativos ou não, que visitam traz uma expectativa e um olhar únicos ao museu, e a experiência da visita sempre é positiva para ambos os lados”, ressalta.
O publicitário lembra a importância das atividades museológicas na área educacional. “A museologia se baseia no tripé, Pesquisa, Salvaguarda e Comunicação. Um museu desempenha sua função social quando desenvolve atividades relacionadas ao tripé museológico, preservando o patrimônio, estimulando e promovendo pesquisas, e comunicando todo esse material ao público, através de exposições e ações educativas, conectando assim a sociedade às instituições museológicas”.