Ao denunciar intolerância religiosa, homem acaba sendo vítima do mesmo crime em delegacia, segundo federação da umbanda em Goiás
Fernando Boeira Keller
Publicado em 7 de março de 2022 às 17:51 | Atualizado há 3 anos
A Federação de Umbanda e Candomblé de Goiás (Fuceg) emitiu uma nota de repúdio depois de receber uma denúncia de que um de seus membros foi vítima de intolerância religiosa na rua e em seguida na delegacia, onde foi denunciar o crime, na capital.
Segundo a nota divulgada pela Fuceg no domingo, 6, o crime de intolerância religiosa ocorreu no 9º Distrito Policial, no Setor Universitário.
De acordo com o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), o homem estava indo ao centro religioso quando foi zombado por cinco homens, quando um disse: “Olha lá aquele negócio no pescoço dele. Isso é coisa de macumba, coisa do demônio”, devido às guias, que são colares de contas comuns na religião.
À corporação, o umbandista afirmou ter percebido que os homens começaram a segui-lo, e diante disso ele começou a correr e escutou um deles gritando: “Volta aqui, seu macumbeiro filho da puta”.
A federação afirmou que irá tomar as medidas cabíveis em relação ao caso.
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