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Brasil deve alcançar um volume de operações com criptodivisas de 354.000 milhões de dólares em 2024

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O mercado de criptomoedas na América Latina cresceu muito nos últimos 3 anos. De acordo com o relatório da CoinWire, o Brasil é o principal mercado de criptomoedas da região, com projeções de que o volume de operações com criptoativos no país deve alcançar 354 bilhões de dólares esse ano. Isso se deve ao aumento da adoção das criptomoedas no país, uma tendência que segue em alta, e a legislação mais estruturada e clara que está em caminho.

Adoção das criptomoedas no Brasil e a previsão para o mercado

Quando se fala em adoção de criptomoedas, o Brasil toma a frente devido à inflação e, claro, a busca por alternativas de investimento mais seguras e rentáveis. Segundo o relatório da CoinGecko, o país é o maior mercado de criptomoedas da América Latina, respondendo por uma grande parte das transações de ativos digitais na região. De acordo com a pesquisa, mais de 16 milhões de brasileiros já possuem algum tipo de criptoativo, o que coloca o país entre os maiores mercados consumidores de cripto no mundo.

Outro dado relevante é o aumento do interesse pelas pré-vendas de criptomoedas, que oferecem oportunidades de investimento em novos projetos com potencial de valorização. As pré-vendas, ou "ICO" (Oferta Inicial de Moedas), atraem investidores que buscam entrar no mercado antes que as moedas sejam lançadas oficialmente. A lista de pré-vendas ativas no Brasil tem sido uma fonte de grande interesse para quem deseja diversificar sua carteira de investimentos em criptomoedas.

Com o crescimento do interesse por novas criptomoedas, especialmente aquelas que exploram setores como inteligência artificial, finanças descentralizadas (DeFi) e jogos, as pré-vendas continuam sendo uma boa opção para investidores que buscam retornos elevados e estão dispostos a assumir os riscos de um projeto ainda não consolidado. Mas, além da tokenização de ativos, o lançamento de ETFs de criptomoedas também têm atraído investidores no país.

Hoje, o Brasil conta com 13 ETFs de criptoativos disponíveis na B3, somando um patrimônio superior a R$ 2,5 bilhões. O HASH11, da Hashdex, lidera o setor com R$ 1,6 bilhão de patrimônio e mais de 126 mil investidores, demonstrando o apetite dos brasileiros por essa classe de ativos. Ja a tokenização de ativos movimentou mais de R$ 3 bilhões em 2023, com destaque para a tokenização de ativos do mundo real, como imóveis e títulos financeiros.

O relatório da CoinWire fala que o volume de operações com criptomoedas em toda a América Latina deve ultrapassar 7,8 trilhões de dólares até o final de 2024. No Brasil, especificamente, espera-se que o volume de transações alcance 354 bilhões de dólares, demonstrando a liderança do país no setor. Essa previsão é uma continuidade do crescimento observado nos últimos anos, quando o volume de negociações no Brasil triplicou, passando de 2,3 trilhões de dólares em 2022 para 3 trilhões em 2023.

A posição dominante do Brasil no mercado de criptomoedas é resultado de uma combinação de fatores, incluindo o aumento da aceitação pública, o desenvolvimento de novas plataformas de negociação e um ambiente regulatório relativamente favorável. O Banco Central do Brasil, por exemplo, já estuda o lançamento de sua própria moeda digital, o Real Digital, que deve ser implementado nos próximos anos. Isso pode impulsionar ainda mais o uso de criptomoedas no país.

O Drex também deve facilitar transações e aumentar a segurança para os investidores. E com o aumento do volume de transações, o surgimento de novos projetos de tokens e mais de 5% da população brasileira já investindo em criptoativos, a legislação se torna ainda mais importante. A Lei 14.478/22 define diretrizes importantes para o setor cripto, estabelecendo normas claras para o funcionamento das corretoras e medidas para combater fraudes, lavagem de dinheiro e crimes financeiros relacionados​.

Além disso, a moeda digital brasileira tem potencial para ampliar a inclusão financeira no país, permitindo que pessoas em áreas remotas ou desbancarizadas tenham acesso a serviços financeiros digitais. Baseado na tecnologia de registros distribuídos (DLT), similar à usada em criptomoedas como o Ethereum, o Drex permitirá transações mais rápidas e com menor custo, além de promover o uso de contratos inteligentes, como já visto em testes de compra e venda de títulos públicos tokenizados.

O Banco Central já está avançando na regulamentação do mercado de criptoativos com as consultas públicas, o que inclui a integração com outras inovações financeiras, como o Open Finance e o Pix. A expectativa é que essa regulamentação ajude a fomentar um ambiente mais seguro para os usuários, atraindo tanto investidores institucionais quanto o público geral ao mercado cripto brasileiro.

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