Cotidiano

Cantareira sai do volume morto após 19 meses

Diário da Manhã

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 02:05 | Atualizado há 9 anos

SÃO PAULO. Depois de 19 meses, o Sistema Cantareira saiu nesta quarta-feira do volume morto, conseguindo recuperar a quantidade de água que havia sido usada da reserva técnica desde maio de 2014. Após chuvas acima da média desde novembro, racionamento e redução do consumo, o sistema de reservatórios atinge, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o índice de 29,3% da capacidade, o suficiente para deixar de captar água da reserva profunda. Operando agora no volume útil, o sistema ganhou novo fôlego para 2016.

Até o momento, dezembro registrou 258,2 mm de chuva. O esperado para o mês eram 219,4 mm. Segundo a Agência Nacional de Águas, a partir de agora poderá deixar de ser usado o sistema de bombeamento nas duas maiores represas do Cantareira – Jaguari (federal) e Jacareí (estadual). Além delas, o sistema é composto por mais quatro represas – Cachoeira, Atibainha, Paiva Castro e Águas Claras.

O Cantareira abastecia, antes de entrar no volume morto, mais de 9 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. Hoje, abastece cerca de 5,3 milhões de pessoas.

São Paulo atravessou período de forte seca em 2013 e 2014 e as chuvas deste ano ainda não foram suficientes para garantir o abastecimento de água com folga. Para se ter uma ideia, o índice de 29,3% da capacidade, atingido nesta quarta-feira, ainda é bastante inferior ao período pré-seca. Em dezembro de 2011, o Sistema Cantareira operava com 67,2% de sua capacidade, mais que o dobro do volume atual.

Por isso, a necessidade de economizar água permanece. No último dia 23, a Sabesp prorrogou o programa até 31 de dezembro de 2016 o sistema de bônus para quem economiza água e de ônus para quem gasta mais.

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