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Chuvas em Goiás: governo do estado anuncia operação de contingência

Após as chuvas que deixaram municípios isolados e famílias desabrigadas, o governo lançou uma operação para diminuir possíveis danos a partir de agora

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O início do período chuvoso é marcado por fortes temporais no estado. As fortes chuvas costumam inundar as ruas das cidades, impossibilitando o tráfego, além de invadir casas, o que deixa populações desalojadas. Em dezembro de 2021, o nordeste goiano sofreu fortemente com os impactos dos temporais e se viu diante de uma situação de emergência, na qual cerca de 20 mil pessoas sofreram com as consequências dos temporais.

Diante dos problemas que o período chuvoso apresenta para Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) anunciou nesta segunda-feira, 31, a Operação Nordeste Solidário. O objetivo da operação é adotar ações nas áreas de infraestrutura, social, saúde e outras frentes essenciais para evitar desastres, diminuir os danos e garantir a segurança da população.

"Esse plano é algo que mostra que pela primeira vez na história do Estado, está havendo responsabilidade em poder fazer um tratamento preventivo de algo que pode acontecer todos os anos no período do verão. Nos governos anteriores, todos esperavam isso acontecer, agora nós já temos toda essa área do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil que identificam o maior volume de chuvas que nós teremos", afirma o governador.

Com base nas informações do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), Caiado aponta para a grande quantidade de chuva que pode atingir áreas de risco em Goiás, como por exemplo "quantos municípios serão atingidos. Dos municípios atingidos, quais são os que estão maior risco e a partir daí são montadas as estruturas de base para atender a população. Então existe uma previsão de chuvas com maior intensidade do que a média de 80 mm a 120 mm em 70 municípios de Goiás. Mas 14 municípios com incidência mais alta e com comprometimento maior do volume de chuvas".

O trabalho será executado em parceria por 17 pastas da administração estadual, entre elas Gabinete de Políticas Sociais (GPS), Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Saneago, Agência Goiana de Habitação (Agehab), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e secretarias de Desenvolvimento Social; Saúde; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação; e Esporte e Lazer.

De acordo com o governador, as projeções indicam que as chuvas de dezembro deste ano serão terão mais incidência do que em 2021, e que "isso exige uma integração das secretarias para trabalhar no sentido de antecipar e atender melhor a população".

O plano de contingência se estende em 14 municípios que foram classificados com alto grau de risco, sendo a maioria no Nordeste do estado, como Cavalcante, Nova Roma, Alto Paraíso, São João D`Aliança, Água Fria de Goiás, Niquelândia, Mimoso de Goiás, Formosa, Uruaçu, Hidrolina, São Luiz do Norte, Pilar de Goiás, Teresina de Goiás e Itapaci. Com o perigo iminente de 19 mil pessoas que correm o risco de serem afetadas pelas chuvas, o estado oferece suporte integral e imeditado.

A primeira-dama e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, Gracinha Caiado, afirma que "embora o governo não podda tudo, ele pode muito", e que ações preventidas já estão sendo tomadas.


		Chuvas em Goiás: governo do estado anuncia operação de contingência
Foto: Reprodução/Fernando Keller

"Estaremos preparados para dar apoio e auxílio necessário a todos prefeitos. O Governo está monitorando a situação e pronto para agir. Toda estrutura está engajada e atenta para agir de forma preventiva", afirma.

A operação prevê três planos para diminuir os impactos das chuvas na região, como a preparação, ações de resposta e reconstrução.

Ao se referir à preparação, Caiado salienta que "os prefeitos devem decretar situação de emergência ou calamidade pública no momento em que ocorrer as fortes chuvas. Haverá ações de busca e salvamento com equipes especializadas. Haverá também participação da equipe do Corpo de Bombeiros. Abrigos ou alojamentos também já estão previstos, apoio aos afetados na distribuição de alimentos, vistorias na área afetada e distribuição hipoclorito de sódio, para dar condições de que uma água seja potável".

Nas ações de resposta, ele explica sobre a desobstrução de pontes, passarelas, rodovias, as quais ficarão sob cuidados da Goinfra. Equipes estão se deslocando para aquelas regiões para a recuperação emergencial. Os municípios que decretarem situação de emergência terão atenção do governo em relação às famílias com o "aluguel social", quando estas estiverem correndo o risco de serem desalojadas.

"A Saneago ficará responsável pela distribuição de caminhão-pipa, com água potável, e no reestabelecimento de sistema de saneamento caso haja algum comprometidmento", explica.

"A parte de reconstruçao é essa gestão de recursos da da situação emergencial de calamidade pública. Elaboração de laudos de vistorias, além de ser fundamental o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, para que haja a ação da reconstrução" afirma.

O serviço de manutenção, construção de pontes, patrulhas mecâncias, o programa "Goiás em Movimento", e intensificação dos reparos necessários, como tapa-buracos ou reconstrução de pavimentos também farão parte da reconstrução.

A operação é crucial para que estragos como os do ano passado sejam evitados. De acordo com o Cimehgo, pode chover 500 mm em 70 municípios das regiões central, norte e nordeste do estado em um único mês, o que indica um cenário parecido com dezembro de 2021 e janeiro deste ano.

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