A disputa por duas vagas ao Senado Federal, nas eleições de 2026, já movimenta os bastidores da política de Goiás, com os partidos ensaiando alternativas na corrida ao pleito majoritário.
Nem sempre quem sai à frente na pré-campanha em pleito majoritário vence as eleições, seja para presidente da República, governador, prefeito ou senador.
Em 2022, quando uma vaga estava em disputa, o deputado federal Delegado Waldir Soares (União Brasil) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) lideraram as pesquisas, mas, na reta final, o vencer foi o empresário Wilder Morais (PL), impulsionado pelo bolsonarismo.
Favor Gracinha
O primeiro nome que surge para disputa ao Senado é o de Gracinha Caiado, primeira-dama do Estado, lançado pelo União Brasil. Com a decisão do governador Ronaldo Caiado de concorrer à presidência da República, o espaço está aberto para Gracinha estrear na política como candidata a eleição majoritária.
Em entrevista à imprensa durante o Fórum Jurídico de Lisboa, semana passada, o governador Ronaldo Caiado admitiu o nome de Gracinha Caiado na corrida a uma das duas vagas so Senado.
Primeira-dama de Goiás, presidenta de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Gracinha Caiado exerce importante papel no governo. Além de atuar na área de assistência social, um dos pilares de qualquer boa gestão, Gracinha está à frente do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), como coordenadora, cuja função é traçar por meio de estudo das estatísticas e dos traços de pesquisa, uma política capaz de corrigir as distorções sociais entre a população.
Caiado, em entrevista à coluna Giro, de O Popular, logo depois, disse que Daniel Vilela (MDB), como candidato à reeleição ao governo de Goiás é que vai definir a chapa majoritária em 2026 – vice e os senadores de sua coligação. O governador reafirma a decisão de se desincompatibilizar do cargo em abril de 2026 transferindo a gestão para Vilela.
Questionado pelo O Popular sobre a garantia de uma das vagas ao Senado para Gracinha Caiado, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) disse que a primeira-dama tem sido um “esteio|” administrativo do governo mais bem avaliado do Brasil, e “isso a levou, por méritos próprios, a ser uma das principais lideranças do estado”. E completou Vilela: “Não só tem vaga garantida, como será a senadora mais votada da história de Goiás”.
Apesar de Caiado dizer que cabe a Vilela definir a chapa majoritária pela qual deve disputr a reeleição em 2026, aliados do atual vice-governador garantem que nada será feito sem a participação decisiva do governador.
Além de Gracinha Caiado, o União Brasil tem as seguintes opções para as duas vagas, por partido, na corrida ao Senado: atual prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, e a deputada federal Silvyê Alves.
Outros nomes
No MDB de Daniel Vilela, são lembrados para a disputa ao Senado Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, e Adid Elias, prefeito de Catalão.
No Republicanos, Roberto Naves, prefeito de Anápolis e atual presidente estadual do partido, não esconde o seu projeto de concorrer ao Senado pela base governista
O empresário Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades do governo Temer e atual presidente da Agehab, quer disputar pela segunda vez ao Senado. Ele concorreu em 2022.
A deputada federal Flávia Morais sempre é lembrada pelos aliados do PDT como alternativa para o embate ao Senado nas próximas eleições.
Pela oposição
Pela oposição, surgem como opções ao Senado o deputado federal Gustavo Gayer (PL), ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL), deputado federal Rubens Otoni (PT), deputada federal Magda Mofattp (PRD), ex-deputdo federal e ex-prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura e o senador Vanderlan Cardoso (PSD), caso não seja eleito prefeito de Goiânia em 2024.
Como as eleições de 2026 estão distantes, novos nomes podem surgir e outros refluírem, pois os partidos só vão aprofundar a discussão sobre candidaturas majoritárias (governador, vice e senadores) a partir do ano eleitoral. Até l[a apenas cogitações, sem definição.