Uma cratera de aproximadamente 15 metros de profundidade e 500 metros de extensão engoliu parte de uma rua em Planaltina de Goiás, localizada no Entorno do Distrito Federal. O fenômeno foi causado por um período prolongado de fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias. A cratera, que já existia na cidade, foi intensificada pelas chuvas, gerando preocupação entre os moradores.
A major do Corpo de Bombeiros, Gyovana Martins, explicou que o fenômeno conhecido como voçoroca foi agravado pelo grande volume de água que causou o rompimento de várias manilhas da rede pluvial. “A forte precipitação da chuva e o grande volume de água causaram o rompimento de várias manilhas dessa rede pluvial, que, em efeito dominó, foram cedendo e sendo arrastadas uma a uma, formando uma enorme cratera que ameaça várias moradias próximas”, afirmou.
De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), o volume de chuva na região chegou a atingir 128,6 milímetros. A major Gyovana Martins ressaltou que as galerias de captação pluvial da cidade não foram suficientes para suportar a vazão das enxurradas, o que agravou ainda mais os danos.
O Corpo de Bombeiros também registrou pontos de alagamento nas regiões mais baixas de Planaltina, especialmente no Setor Oeste. Na terça-feira (14), 30 casas foram atingidas diretamente, afetando cerca de 120 pessoas. A situação levou a Prefeitura de Planaltina a decretar estado de emergência, com o objetivo de agilizar as ações de resposta e assistência à população. Em nota, a administração municipal afirmou que continuará monitorando a situação e mantendo a comunidade informada sobre as medidas adotadas.
Moradores do município relataram as dificuldades causadas pelas chuvas e o impacto econômico do fenômeno. “Meu medo é perder o investimento do terreno. A gente já perdeu ali em torno de 30 metros para dentro do terreno, a cratera entrou para dentro do terreno com a chuva”, lamentou o corretor de imóveis, Ângelo Miranda.
Medidas de Contenção
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil foram enviadas aos locais afetados para realizar o resgate de vítimas dos alagamentos. Além disso, as autoridades cadastraram as famílias atingidas para identificar as que necessitavam de abrigo e determinar quais residências precisariam ser interditadas.
“A Defesa Civil Estadual disponibilizou cestas básicas, cobertores, alguns filtros e vários kits de apoio, que foram distribuídos para as famílias mais afetadas e que precisavam de apoio imediato”, informou a major Gyovana Martins.