Cotidiano

Defesa Civil do Espírito Santo faz campanha de doação de água

Diário da Manhã

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 02:55 | Atualizado há 9 anos

BRASÍLIA — A Defesa Civil do Espírito Santo vai começar uma campanha para doações de água mineral aos moradores dos municípios de Baixo Guandu e Colatina. As duas cidades capixabas são banhadas pelo Rio Doce, que recebeu parte da lama das barragens da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais. Elas se romperam na última quinta-feira, .

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O abastecimento em Baixo Guandu e Colatina será suspenso por motivos de segurança, em razão de uma possível piora na qualidade da água. As doações de água mineral poderão ser feitas no quartel do Corpo de Bombeiros do estado, em Vitória. As empresas que quiserem ajudar com carros-pipa devem entrar em contato com a Defesa Civil capixaba.

A estimativa é que, . O Serviço Autônomo de Abastecimento de Água e Esgoto de Governador Valadares (MG) suspendeu às 13h deste domingo a coleta de água do Rio Doce, contaminado pela lama das barragens. De acordo com a empresa, a captação foi interrompida assim que o rio começou a apresentar coloração mais escura. Segundo análise dos técnicos, o nível de contaminação da água é alto, o que impede seu tratamento e sua distribuição. Não há previsão para a retomada da coleta de água no município, de 276 mil habitantes.

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A lama deve descer o Rio Doce até sua foz, no Espírito Santo, e cidades capixabas banhadas por ele já estão em alerta. A defesa civil de Minas Gerais monitora o deslocamento da massa de 62 milhões de metros quadrados de rejeitos de mineração e água. Embora afirme que a velocidade com que o lamaçal se desloca sobre a calha do Rio Doce varie de acordo com as chuvas ou a topografia do solo, o coronel Helbert Figueiró, coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, afirmou que, até o seu final, a enxurrada terá atingido, no mínimo, 23 municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo.

O monitoramento do trajeto pelo qual a massa avermelhada escorre é importante também porque os bombeiros afirmam que pelo menos parte dos desaparecidos deve ter sido arrastada pela correnteza. Dois corpos foram encontrados no leito do Rio Doce nos últimos dias. No entanto, eles ainda não estão identificados, e por isso não foram oficialmente relacionados ao acidente.

A previsão é que o nível do Rio Doce suba entre 1,5 metro e 2 metros. Mesmo assim, segundo técnicos que monitoram a tragédia, a onda não causará enchentes na região, que enfrenta uma das piores secas da História.

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