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Por algum momento você já se deparou com desconfortos e inquietações? Ou já ouviu dizer palavras que se caracterizam com essa inquietação? Do tipo, não aguento mais! Estou esgotado(a)! Preciso de férias! Quero sumir! É bem provável que você esteja estressado(a). Se você se sente assim, não se preocupe: você não se encontra sozinho. A Organização Mundial de Saúde calcula que aproximadamente 90% da população mundial lide com esse problema. Ou seja, estresse é o mal do século XXI atacando a humanidade.
O estresse na humanidade, pode estar associado ao fato de que, por tempos, o ser humano vem se adaptando a um estilo de vida muito agitado, agenda cheia, muitos compromissos em curto prazo, além de um ritmo desorganizados, na alimentação, ausência de sono, mudanças repentinas nos dias atuais.
No dia a dia o estresse já começa nas primeiras horas do dia, estresse no trânsito, os engarrafamentos de quilômetros, ônibus lotado, fila da lotérica, aguardando atendimento telefônico via 0800, espera por atendimento médico, estresse no local de trabalho, falta de exercícios físicos, ruídos sonoros, celulares nas mãos o tempo todo com luzes artificiais que nos mantêm acordados à noite, excessos de informação o tempo todo especialmente nas grandes cidades com clima quente muito sol, ou frio com muitas chuvas, questões financeiras, relacionamentos, luto entre outros inúmeros desconfortos que esse estresse vai se acumulando para os quais o nosso corpo não se adaptou a cada nova situação ocorrida ao ponto de chegar em um esgotamento físico, mental e até emocional.
Começa com dores de cabeça, irritação, falta de apetite, medo, sudorese, fobia, falta de ar, situações repetitivas em sua mente o tempo todo entre outros sintomas. Muitos tendem a confundir os sinais que o corpo reage, embora estejam intimamente ligados, estresse, ansiedade e transtornos de ansiedade são conceitos diferentes. Ansiedade é um estado de alerta especial que desenvolvemos quando estamos em situações de estresse, com o objetivo de aumentar a nossa capacidade de adaptação a situações novas e potencialmente perigosas. Pois o estresse causa vários efeitos negativos em nossa qualidade de vida, e todos os sintomas são desconfortáveis e o corpo parece “padecer” prejudicando a nossa qualidade de vida.
O Diário da Manhã conversou com o Neurologista, Iron Dangoni Filho que nos conta com detalhes sobre as causas do estresse e como podemos amenizar esse mal que tem se tornado a doença do século XXI.
“O estresse é uma sensação subjetiva e pode surgir de diferentes formas. Ele pode ser identificado através de sintomas apresentados pelo indivíduo, como mal estar, ansiedade, inquietação, dificuldade de concentração, alteração da memória, explosividade, dor de cabeça como reações a situações corriqueiras. E existem diversas práticas que ajudam a aliviar o estresse. Tempo para o lazer e descanso está entre as principais, mas podemos citar também a pessoa ter algum hobby, fazer exercícios físicos de forma regular, tirar um tempo para leitura, assim como atividades relaxantes, como massagem, yoga e meditação”.
O Neurologista explica como o organismo reage em um momento de estresse e como devemos comportar diante da situação.
“O nosso corpo está todo interligado ao cérebro. Então, o organismo pode responder de diversas formas, desde sofrimento psíquico, ansiedade e nervosismo, até sintomas físicos. Destacam-se como mais comuns: a dor de cabeça, insônia, diarreia, mal estar, alteração do apetite e dor muscular. Para lidar com isso, o primeiro passo é entender do que se trata o estresse, o que causou e a partir daí saber que aquela reação se deve ao estresse. Tirar o agente agressor ajuda bastante, mas muitas vezes não é possível de ser feito. Medidas de respiração e mindfulness são ferramentas eficazes”, pontua.
O especialista relata em qual grau o estresse se torna preocupante.
“O estresse já faz parte do nosso dia a dia, infelizmente, mas nem sempre é algo preocupante. Os primeiros sinais de alarme são o sofrimento causado ao indivíduo e sua repercussão sobre a qualidade de vida. Isso para não deixarmos tornar se grave o suficiente para levar a quadros patológicos, como transtornos de ansiedade generalizada, síndrome do pânico e síndrome de burnout. Como tudo na medicina atualmente o ideal é prevenção. Então, se permitir momentos de lazer e de descontração são medidas simples que minimizam efeitos deletérios do estresse no organismo”, finaliza.
O Empresário, Romulo Danttas, nos conta que passou por momentos de estresse intensos com o LUTO de seu pai.
“Esse vínculo afetivo era muito grande, pois, além de pai e filho, meu pai era meu sócio na empresa, e após a perca me senti sobrecarregado na empresa, em ter que lidar com tudo sozinho, pois a divisão de afazeres era compartilhadas entre nós dois, mesmo com os funcionários na empresa ajudando, a divisão financeira e administrativa era entre eu e meu pai, e depois fui ficando cheio de coisas para serem realizadas, e eu sozinho não estava conseguindo administrar tudo no tempo que se fazia necessário a ser entregue as obrigações. Vivi em momentos de estresse que a pressão arterial ficou alterada, com início de infarto, foi necessário sair as pressas ao hospital, para cuidar da saúde, com isso tive que dar uma pausa e ficar alguns dias longe do trabalho, longe de telefone, me desligar de tudo para poder me conectar comigo mesmo e recompor minhas energias, pois trabalho tempos todos os dias algo a ser realizado, mas a saúde é mais importante”, afirma.
