Ex-diretor da Petrobras volta a fazer acusações de corrupção contra os ex-deputados Côrrea e Argôlo
Diário da Manhã
Publicado em 23 de junho de 2015 às 17:36 | Atualizado há 10 anosCURITIBA – O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi ouvido em depoimento pela Justiça Federal do Paraná nesta terça-feira. Costa confirmou o que já havia dito em outras ocasiões, em seu processo de delação premiada, de que o dinheiro desviado da diretoria de abastecimento, comandada por ele, era repassada para o PP. O depoimento servirá para coletar provas nos inquéritos contra os ex-deputados federais Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).
De acordo com as investigações, Côrrea seria o responsável por distribuir a propina dentro de seu partido. Ele já foi denunciado pelo crime de corrupção passiva. Já Argôlo teria desenvolvido com o doleiro Alberto Yousseff uma relação de sociedade, recebendo dinheiro diretamente do operador. Argôlo foi denunciado por dez atos de corrupção – segundo a denúncia, os valores envolvidos nos atos são de R$ 1.603.400,00.
Na tarde de hoje também foi ouvida a contadora Meire Pozza, que trabalhou para Yousseff, detalhou a relação de Yousseff com Argôlo. Ela afirmou em depoimento ter feito pagamentos para Argôlo por meio da secretária do ex-deputado, Elia da Hora, que também já chegou a ser presa no âmbito da Operação. Meire também disse que repassou valores ao pai do ex-parlamentar, Manuelito Argôlo e reafirmou que Yousseff chegou a comprar um avião para ele. Entre outros desvios, Argôlo usou verba do Congresso para custear viagens nas quais ia buscar dinheiro de propina.