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Grupo suspeito de manipular resultados do Brasileirão tem prisão decretada pelo MPGO

Segundo o MPGO, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e vinte mandados de busca e apreensão

Foto: MPGO Foto: MPGO

Um grupo foi preso suspeito de manipular resultados dos jogos do Brasileirão e estaduais, na Operação Penalidade Máxima II. A ação foi cumprida na manhã desta terça-feira, 18, após o Ministério Público deflagrar a detenção dos integrantes da organização criminosa.

De acordo com o MP, o grupo é suspeito de ter manipulado no mínimo cinco jogos relevantes do Campeonato Brasileiro de Futebol do ano anterior, bem como outras cinco partidas dos campeonatos regionais, bem como os estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. As investigações ainda estão em curso para avaliar a totalidade do esquema fraudulento.

O MP investigou, junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e à Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), que o grupo subornava os jogadores, que recebiam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para fazerem manobras espcíficas.

Segundo as investigações, o esquema funcionava da seguinte maneira: os apostadores faziam propostas para os atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamento do "sinal". Após a partida, se o pênalti tivesse sido marcado, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.

De acordo com o MP, a investigação teve início em novembro de 2022 após uma denúncia apresentada pelo próprio Vila Nova, que é considerado vítima do esquema.

Na primeira fase da operação, que foi deflagrada em fevereiro deste ano, dois mandados foram cumpridos em Goiânia e os demais em outros quatro estados.

Segundo a investigação do Ministério Público, o jogador Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, ex-Vila Nova, teria recebido um adiantamento de R$ 10 mil para provocar um pênalti no primeiro tempo de um jogo. Caso o pênalti fosse marcado, o jogador receberia mais R$ 140 mil. Mas a marcação não ocorreu, o apostador começou a "cobrar" Romário pelo prejuízo na aposta.

O jogador do Vila Nova, Gabriel Domingos de Moura, também é acusado de ter participado do esquema, no qual outros jogadores se tornaram réus junto com ele, além do empresário Bruno Lopez de Moura, que ficou preso temporariamente, mas foi solto da prisão após uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

Os oito jogadores acusados de participarem das apostas são: Mateus da Silva Duarte, conhecido como Mateusinho (Cuiabá), Marcos Vinicius Alves Barreira, ou Romário (ex-Vila Nova), Joseph Maurício de Oliveira Figueredo (Tombense), Gabriel Domingos de Moura (Vila Nova), Allan Godoi dos Santos (Sampaio Corrêa), André Luís Guimarães Siqueira Júnior, ou André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, e agora no Ituano), Ygor de Oliveira Ferreira, ou Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, agora no Irã) e Paulo Sérgio Marques Corrê (ex-Sampaio Corrêa e agora no Operário).

Os acusados de participarem do núcleo de apostas são Bruno Lopez de Moura, Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes e Zildo Peixoto Neto.

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