A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quinta-feira, 29, que anulou o júri popular que condenou em 9 de novembro de 2022, os quatro dos cinco réus de planejar e matar o radialista Valério Luiz em 5 julho de 2012, revoltou os familiares do radialista. O recurso foi feito pela defesa de Maurício Sampaio, que é apontado como mandante do assassinato.
Na decisão, a relatora alega irregularidades no interrogatório de Marcus Vinícius Pereira Xavier, envolvido no crime, ele é acusado de ajudar a planejar o homicídio, por não tido a presença dos advogados de defesa dos outros réus. Por esse os atos processuais e a condenação foram anulados.
No entanto, o advogado de acusação e filho da vítima, Valério Luiz Filho, esclarece que o depoimento citado não foi usado no júri popular, e sendo assim, irá recorrer para que a condenação não seja prejudicada.
No documento consta que em março de 2014, Macus teve a prisão preventiva decretada, após ser preso em Portugal e extraditado para o Brasil, seu advogado solicitou que ele fosse ouvido em uma audiência especial para poder explicar a razão da fuga.
Em audiência em outubro de 2015, as explicações fornecidas por Marcus Vinicius, não foram somente sobre a participação dele no crime, como também deletou os outros acusados, no entanto os advogados das defesa dos outros quatro réus não estavam presente.
A audiência aconteceu em outubro de 2015, mas as explicações dadas por Marcus Vinicius não se limitaram aos fatos da prisão dele, já que o réu acabou delatando os outros acusados, sem a presença dos advogados de defesa deles.
Desde a morte de Valério Luiz em 2012, quando saía da emissora de rádio onde trabalhava Rádio Jornal 820 AM, no setor Serrinha, em Goiânia. Valério era conhecido como "o mais polêmico do rádio" por suas criticas contra a direção do Atlético-GO, time no qual Maurício Sampaio era presidente.
As condenações anuladas foram a de Maurício Sampaio que foi condenado a 16 anos de prisão, ele foi apontado como o mandante do crime. Urbano de Carvalho Malta, responsável por contratar o policial militar Ademá Figueredo executor do homicídio, condenado a 14 anos de reclusão. Ademá recebeu 16 anos de prisão por ter sido acusado como autor dos disparos e Marcus Vinícius Pereira Xavier por ajudar a planejar, por essa participação foi condenado a 14 anos.
Sampaio chegou a ser preso mas a justiça concedeu liminar, o processo foi encaminhado para Tribunal de Justiça. Três dias depois, a prisão dos réus, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e Ademá Figueredo Aguiar Filho foram revogadas. Desde então os acusados estão respondendo em liberdade.