Uma menina, de 9 anos, foi morta a facadas em uma casa na tarde da última quarta-feira, 24, em Aimorés, no Vale do Rio Doce. Uma mulher, de 32 anos, e a mãe dela, de 56, foram presas pelo crime.
A Polícia Militar foi acionada pelo marido da mulher, de 32 anos, o homem informou que recebeu uma ligação dela dizendo que tinha matado uma pessoa dentro de casa.
No local indicado, os militares encontraram várias pessoas do lado de fora, eles chamaram, mas não havia ninguém dentro do imóvel. Como ninguém respondeu, e, devido a gravidade da situação, um policial pulou a janela.
O PM encontrou poças de sangue e visualizou um pé, que parecia ser de uma criança. O corpo de Emanuely Aparecida Gregório Gomes estava enrolado em um tapete no chão.
O militar deixou a casa e do lado de fora se deparou com várias pessoas gritando, além de familiares da menina. Com a chegada de reforço policial, as pessoas que estavam na porta foram retiradas e o local foi isolado para os trabalhos periciais.
Segundo o perito, a menina foi morta com mais de 30 facadas. O corpo foi encaminhado ao IML para um exame mais minucioso das lesões.
A polícia recebeu informações de que a autora do crime havia fugido de moto. Ela foi encontrada saindo de uma casa para pegar um táxi, acompanhada da mãe e do filho, de 11 anos.
Mãe e filha foram presas, levadas para o quartel da cidade juntamente com o menor. Em depoimento, a mulher, de 32 anos, alegou que a mãe teria dito que elas deveriam matar Emanuely pois ela cometia bullying contra o menino de 11 anos.
Ainda conforme o depoimento, a avó do garoto teria convidado Emanuely até a residência e, quando a menina entrou, a mãe atingiu a criança no peito com uma facada. O corpo da menina foi enrolado em um tapete e deixado no local.
A mãe negou a versão da filha. No entanto, foram encontrados vestígios de sangue no chinelo, calcanhares e nas roupas da suspeita.
O menino, de 11 anos, foi encaminhado para uma psicóloga, um assistente social e uma conselheira tutelar. Ele contou que estava no quarto quando ouviu gritos e que tentou sair para ver o que estava acontecendo mas foi impedido pela avó que o trancou no quarto.
Para a psicóloga, a criança disse que nunca sofreu bulling por parte de Emanuely.
Após o depoimento, o menino foi encaminhado a um abrigo. A faca usada no crime foi apreendida.