Um médico, de 25 anos, é investigado pela Polícia Civil de Goiás suspeito de ter induzido sua ex-companheira, de 27, a realizar um aborto sem o seu consentimento. A jovem relatou que foi enganada pelo suspeito, que fingiu querer constituir uma família para convencê-la a viajar com ele até Pirenópolis, onde o aborto teria ocorrido.
Segundo a vítima, durante a viagem, ela começou a se sentir sonolenta e, ao acordar, percebeu que o médico estava manipulando seu corpo e introduzindo comprimidos em seu corpo. Ao questioná-lo, foi empurrada para o banheiro, mas conseguiu pedir ajuda à recepcionista da pousada. O médico fugiu antes da chegada da polícia.
Quando a vítima voltou a Goiânia, procurou atendimento médico, onde foi confirmada a realização do aborto induzido. Os comprimidos encontrados em seu corpo foram enviados para perícia. A Polícia Civil já ouviu a vítima e testemunhas, e a versão dela é considerada consistente.
A investigação revelou que, após a jovem revelar sua gravidez, o médico, que era colega de faculdade, teria sugerido o aborto. Nos meses seguintes, ele teria oferecido sucos à vítima, que apresentava sintomas de aborto espontâneo, chegando a ser hospitalizada. O aborto, no entanto, teria sido realizado durante a viagem a Pirenópolis, no dia 28 de outubro.
A delegada Caroline Matos, responsável pelo caso, informou que o médico será interrogado em breve. O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), em Goiânia.