Morreu, no início da tarde desta quinta-feira, 30, o professor Arquidones Bites Leão, após ficar três dias internado para se recuperar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O docente havia sido preso em 2021 policiais militares ao protestar com uma faixa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, na qual estava escrito "Fora Bolsonaro Genocida".
Na tarde de terça-feira, 28, o professor sofreu um mal-estar e foi levado às pressas para o Hospital Estadual de Trindade. Segundo familiares, ele passou por exames em Goiânia, os quais apontaram um quadro irreversível.
Seguindo o desejo do docente, sua família informou que seus órgãos serão doados.
Arquidones era um ativista engajado na área educacional e cultural em Goiás. Além disso, participou da eleição de 2022 como candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou como suplente.
Nos anos de 1989 a 1992 e de 1997 a 2000, ele atuou como vereador de Trindade.
Prisão em 2021
Em maio de 2021, Arquidones foi preso por policiais militares após protestar contra Bolsonaro, com uma faixa no capô de seu carro, que dizia "Fora Bolsonaro Genocida".
Um policial militar ameaçou enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional por calúnia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante a abordagem, o militar solicitou que Arquidones retirasse o adesivo, porém o professor negou-se a fazê-lo.
Após recitar o artigo da lei, o policial militar deu voz de prisão a Arquidones.
"Vou dar voz de prisão para o senhor. Está duvidando? Vamos ver então", afirma o militar.
Após o incidente, Arquidones foi levado para prestar depoimento na sede da Polícia Federal em Goiânia e, posteriormente, liberado.