Uma mulher de 60 anos realizou uma cirurgia em 6 de fevereiro no Hospital Casa de Saúde Sylvio de Mello, em Morrinhos, Goiás.
Durante a cirurgia de safena, suspeita-se que a artéria femoral da mulher foi dilacerada pelo médico responsável, resultando na amputação da perna direita após dias de sofrimento.
A mulher procurou a rede pública em agosto de 2023 após descobrir insuficiência venosa nas pernas. A cirurgia foi agendada para fevereiro de 2024 como solução para o problema. No entanto, logo após a anestesia, a paciente começou a sentir dores e perdeu movimento na perna direita.
Três dias após o procedimento, ela foi transferida para o Hospital Municipal de Morrinhos e, em seguida, para o Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo), onde foi constatada a destruição da artéria femoral. A família autorizou a amputação da perna após o médico informar que estava "morta" devido à retirada da artéria.
De acordo com a Polícia Civil, o caso será investigado, enquanto o advogado de defesa da família informou que abriu uma denúncia contra o médico no Conselho Regional de Medicina (Cremego). Por meio de nota, o Cremego disse que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são investigadas, mas que todas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
Também em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), confirmou que a paciente foi direcionada para realização da cirurgia eletiva no hospital citado, mas que a “atuação profissional do médico, procedimentos de apuração de conduta, aplicação de eventuais penalidades, competem ao Cremego”.