Há 54 anos atrás, meio bilhão de pessoas acompanhavam a transmissão ao vivo pela televisão, quando Neil Armstrong entrou para a história ao pisar em solo lunar, a bordo da Apollo 11, os relógios marcavam 23h56 em Brasília. Já se passou meio século, ao longo da história a NASA já desenvolveu inúmeros programas, missões, lançamentos. E os objetivos da NASA vão desde conhecer impactos do espaço sobre o corpo até a descoberta de planetas semelhantes a Terra.
Ao longo de todo esse tempo, estudos feitos com voo aeroespacial sobre o solo da lua foram descobertos materiais super interessante elementos He-3 forma isotópica não-radioativa do Hélio, com dois prótons e um nêutron no núcleo atômico. Esse Hélio-3 é composto como um combustível da segunda geração da fusão nuclear sem resíduos, mas esses sistemas ainda estão em fase experimental e de desenvolvimento, outra pesquisa realizada recentemente nesta mesma linha de mineração é que a lua contem "terras raras", com componentes químicos, que são usados em componentes eletrônicos.
Atualmente as missões da NASA que mais chamam a atenção de especialistas e pessoas de todos no mundo é a missão Artemis II, a expedição irá orbitar a Lua em novembro de 2024 incluindo a Primeira mulher na Lua, e esse experimento faz parte de um projeto que marcará o retorno do homem ao solo lunar em 2025.
O Diário da Manhã conversou com o Coordenador do Curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal de Santa Cataria, Antônio Otaviano Dourado, fez uma visita a NASA para maiores estudos e pesquisas, e ele nos conta com detalhes às experiências dessa visitação.
“A Lua efetivamente possui uma atmosfera consistindo de alguns gases pouco usuais, incluído sódio e potássio, que não são encontrados na atmosfera da Terra. Então sobre o solo da Lua como a sua atmosfera não é densa como a nossa, por ter sido muita bombardeada de meteoritos ela tem muitas crateras e o solo da Lua é cheio de regolith é uma espécie de material pulverulento arenoso em espécie de cimento, pois o ambiente lunar é muito hostil, pois contem muita irradiação solar, contem variações térmicas, por esse motivo os astronautas utilizam trajes pesados, para que se sintam protegidos”
Outro detalhe muito importante que Antônio Dourado nos conta sobre as pesquisas e experimentos do retorno a Lua. “A Lua futuramente servirá de base de suporte para ampliação de exploração espacial, uma missão futura ao Planeta Marte, a Lua será usada como uma espécie de plataforma de apoio ou até mesmo uma escala na Lua, para depois chegar até Marte, do que diretamente da Terra até Marte”.
Antônio Dourado também nos explica mesmo com a tecnologia tão avançada, o porquê o tempo de viagem espacial será diferente do Apollo 11, a futura viagem espacial será demorada. “O esforço da Terra pra ir até a Lua ele é definido como um problema físico, ou seja uma capsula com pessoas dentro com movimentos de manobras orbitais, contendo muitos cálculos matemáticos envolvidos, mesmo com a evolução da tecnologia a diferença do foguete atual não é tão diferente do Apollo 11, pois nos últimos tempos ocorreram mudanças mas foram no planejamento da missão, pois a primeira viagem Apollo 11 foi uma capsula menor com percurso mais rápido com três astronautas, agora na missão Artemis II será utilizado uma capsula maior para que possa levar mais uma astronauta totalizando quatro pessoas, e o tempo para se chegar a Lua será mais lento, devido ao tamanho da capsula que será utilizada para poder explorar com mais tempo entre detalhes que em uma outra capsula não seria capaz de fazer devido a velocidade, de um voo espacial à uma viagem espacial, ou seja na viagem pode ser explorado mais experimentos e pesquisas cientificas sendo mais lenta”.
Para finalizar a entrevista Antônio Dourado nos relata os cuidados com a saúde física de todos os astronautas que retornam de um voo espacial sobre o processo de reabilitação corporal e também nos deixa uma mensagem final para todos os leitores e seguidores.
“Os astronautas tem problemas de saúde, pois quando se está no espaço tem gravidade zero, sendo assim os astronautas não fazem tantos esforços musculares, então acontece muito entre os astronautas queda da calcificação, então os astronautas tem que exercitar muito no espaço pois tem missões pelas quais os astronautas passam que levam meses ou até mesmo anos no espaço em pesquisas, então ocorrem muitos problemas fisiológicos além da questão do stress, acontece muitos desgastes físicos, pois diminuem a calcificação nos ossos, atrofiação muscular, sem contar no isolamento, problemas psicológicos, pois é essencial cuidar do bem estar e do preparo físico tanto dos astronautas quanto dos pilotos”.
“Deixo uma mensagem à todos que tem admiração e gostam de apreciar esses acontecimentos espaciais, se a gente se unissem assim como foi nos países que se uniram na época para realizar a missão Apollo 11, então 400 mil pessoas trabalharam, entre empregados diretos da NASA e empregados das empresas aeroespaciais naquele programa, eles atingiram a meta e no final eles tiveram retorno financeiro, então se o nosso pais estivesse algo semelhante para que todos pudessem se unir em uma meta maior para um experimento como este, esse retorno financeiro voltaria para toda sociedade futuramente, como benefícios, novos produtos, novas melhorias sociais, então essa seria a mensagem como exemplo os americanos, para explorar estudos Brasileiros para que possamos alcançar metas e nos tornarmos destaques em experimentos espaciais”.