Home / Cotidiano

COTIDIANO

O novo representante de Goiânia terá grandes desafios a partir de 2025

O que mudou em 4 anos em Goiânia e os novos desafios para o nova gestão

divulgação divulgação

Goiânia, completa 91 anos na quinta-feira, 24, a votação do 2° para escolher um novo representante acontece no próximo domingo, confira o que mudou nos últimos 4 anos e os novos desafios para a próxima gestão a partir de Janeiro de 2025.

Segundo o especialista político, Josimar Gonçalves, "nos últimos quatro anos, Goiânia passou por transformações que, de certa forma, refletem a tentativa de adequar-se ao crescimento populacional desordenado. Embora alguns vejam a cidade como um símbolo de inovação e boa gestão, essa percepção não é unânime. Muitos enxergam apenas um processo de adaptação e reparos, e não uma evolução estrutural que acompanhe as necessidades reais da cidade".

Goiânia, originalmente planejada para uma população de 50 a 100 mil habitantes, agora abriga cerca de 2 milhões de pessoas. Este crescimento populacional maciço não foi acompanhado por uma expansão proporcional da infraestrutura urbana. As adequações feitas parecem insuficientes para enfrentar os desafios de uma metrópole desse porte.

A mobilidade urbana é um dos pontos mais críticos. O crescimento desordenado da cidade trouxe desafios que não foram adequadamente enfrentados. Embora tenha havido melhorias em algumas vias e na malha de transporte público, a cidade ainda está longe de contar com um sistema de transporte eficiente, como metrô ou alternativas que suportem a demanda crescente. Projetos como o BRT Norte-Sul, que se arrasta por anos, são exemplo de como a infraestrutura não evoluiu, mas apenas tentou "remediar" a situação.

"A nova gestão da Prefeitura de Goiânia terá grandes desafios pela frente, e evitar os erros cometidos no mandato do atual prefeito, Rogério Cruz, será fundamental para garantir uma administração eficiente e alinhada com as demandas da cidade".

Para Josimar, durante o mandato de Rogério Cruz, um dos maiores problemas foi a "falta de um planejamento estratégico claro e consistente para enfrentar os desafios da cidade. Muitas ações foram tomadas de forma reativa, sem um projeto a longo prazo que integrasse soluções para questões como mobilidade urbana, saúde e infraestrutura".

Josimar, afirmou que a nova gestão precisa formular um plano de desenvolvimento urbano integrado, com metas claras e monitoráveis, especialmente em áreas críticas como mobilidade e educação. Além disso, precisa garantir que as decisões sejam tomadas com base em estudos técnicos e de viabilidade, evitando intervenções de curto prazo que apenas remedeiem problemas.

Um dos legados mais negativos da administração de Rogério Cruz foi o grande número de obras paralisadas ou atrasadas, como o BRT Norte-Sul e a Marginal Botafogo. "Essas obras são essenciais para a melhoria da infraestrutura da cidade, mas o ritmo lento e a falta de gestão eficiente resultaram em grandes prejuízos para a população". É, precisa adotar uma postura firme e eficiente na execução de obras públicas, priorizando a conclusão de projetos que estão paralisados e evitando o desperdício de recursos. Deve haver um foco na transparência e na prestação de contas, com relatórios periódicos sobre o andamento das obras e a aplicação dos recursos.

Para o especialista o governo atual falhou em avançar de maneira significativa na área de mobilidade urbana. Apesar de ser uma das maiores demandas da população, "não houve melhorias estruturais suficientes para lidar com o crescimento da cidade e o aumento do trânsito. O sistema de transporte público continua deficiente, e a falta de soluções inovadoras, como um projeto para metrô ou BRT, deixou a cidade com um transporte que não corresponde à sua demanda".

A nova administração deve priorizar a mobilidade urbana como uma área estratégica, buscando não apenas concluir o BRT, mas também integrar modais, criar ciclovias eficientes e explorar soluções tecnológicas, como o uso de transporte inteligente. Não fazer isso pode manter Goiânia estagnada em termos de deslocamento e qualidade de vida.

Durante a gestão de Rogério Cruz, muitas decisões foram tomadas sem um diálogo adequado com a população. "A falta de participação popular em discussões sobre projetos e políticas públicas gerou descontentamento e uma desconexão entre a prefeitura e os cidadãos".

O próximo prefeito deve investir em gestão participativa e comunicação direta com a população, promovendo audiências públicas, consultas populares e utilizando ferramentas digitais para ouvir os cidadãos. A transparência e o envolvimento comunitário são essenciais para construir políticas públicas mais alinhadas com as necessidades da cidade.

A saúde pública em Goiânia sofreu com a falta de gestão eficiente durante o mandato de Cruz. A cobertura da atenção básica permaneceu baixa, e o sistema de saúde enfrentou problemas com a falta de recursos e atrasos em repasses à rede conveniada do SUS, o que prejudicou o atendimento à população.

Tendo em vista, a nova gestão deve priorizar a ampliação da cobertura de saúde básica e garantir que os repasses ao SUS sejam feitos de forma regular, para que a população tenha acesso a serviços de saúde de qualidade. A implementação de uma gestão mais eficiente dos recursos e a busca por financiamento estadual e federal para saúde são fundamentais.

O aumento das despesas com pessoal, que alcançaram quase 52% da Receita Corrente Líquida, foi um problema no mandato de Rogério Cruz. Isso deixou pouco espaço fiscal para investimentos em áreas essenciais, além de aproximar a cidade do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Deve adotar também uma gestão fiscal rigorosa, com foco em conter o crescimento das despesas com pessoal e melhorar a eficiência dos gastos públicos. Uma reforma administrativa pode ser necessária para reduzir os custos sem comprometer a prestação de serviços.

"Goiânia não pode repetir os mesmos erros de falta de planejamento, má execução de obras, negligência com a mobilidade urbana, descompasso fiscal e ausência de diálogo com a população que marcaram o mandato de Rogério Cruz. Para ter sucesso, o próximo prefeito precisará adotar uma abordagem estratégica e inovadora, além de resolver problemas estruturais que têm prejudicado a cidade, garantindo uma administração mais eficiente, transparente e alinhada com as necessidades reais dos goianienses".

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias